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AUDIÊNCIA PÚBLICA

Pressão para retomada de VLT não surte efeito na AL e desfecho fica para 2020

Da Redação com Assessoria
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Imagem: audiência vlt

Audiência sobre o VLT na Assembleia Legislativa – Foto: assessoriaEm audiência pública para discutir a situação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VL), cuja obra está paralisada desde setembro de 2014 após ter consumido mais de R$ 1 bilhão, o Governo de Mato Grosso informou que a decisão a respeito da viabilidade da retomada da obra ou não deverá ser anunciada somente no primeiro trimestre de 2020.

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) foi o responsável pela realização da audiência pública na manhã desta segunda-feira (11) no auditório Milton Figueiredo no prédio da Assembleia Legislativa. Mesmo convocados para participar do debate, secretários de Estado e o titular da Controladoria Geral do Estado não compareceram à audiência pública.

Por outro lado, participaram representantes da Prefeitura de Cuiabá, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) do Departamento de Engenharia Civil e do Instituto de Engenharia de Mato Grosso.

O parlamentar mobilizou autoridades, entidades e especialistas para participar do debate diante das declarações públicas do governador Mauro Mendes (DEM), ainda na campanha eleitoral, de que seria necessário um ano de mandato para tomar uma decisão a respeito do VLT. “Estamos conferindo ao governo do Estado a oportunidade de prestar esclarecimentos a população”, justificou Wilson Santos.

Representando o Governo do Estado, compareceu o secretário adjunto de obras especiais, Isaac Nascimento Filho, que explicou a necessidade de o Estado atualizar informações de dados do transporte coletivo antes de qualquer decisão.

“Foi contratada uma consultoria que vai atualizar dados de demandas dos usuários do transporte coletivo. Houve queda do número de usuários do transporte coletivo em razão da facilidade da utilização de aplicativos de transporte com corridas em grupos. Não dá para operar o VLT com o sistema integrado ao transporte coletivo sem saber diversos detalhes”, disse.

Imagem: vlt cuiaba
Trens do VLT continuam se deteriorando ao relento em Várzea Grande – Foto: divulgação

A expectativa é que o estudo técnico seja concluído somente no final do mês de março em 2020. O anúncio da contratação da consultoria gerou questionamentos do vereador por Cuiabá, Abílio Brunini (PSC). O parlamentar lembrou que foi contratada pela gestão anterior uma consultoria no valor de R$ 3,5 milhões com o intuito de auxiliar no estudo técnico para retomada das obras do VLT.

“É inaceitável que o dinheiro público seja gasto de forma inútil. É recomendável que se solicite a empresa que produziu o primeiro estudo a atualização dos dados”, destacou.

O vereador por Cuiabá, Diego Guimarães (PP), se mostrou preocupado com a falta de definição a respeito do VLT, uma vez que, tem impacto direto na licitação do transporte público da Capital. “Não se consegue atrair boas empresas por conta da dúvida a respeito do VLT ser concluído ou não. Ainda prevalece o impasse a respeito de ter um sistema integrado ou não. O impasse a respeito do VLT precariza o transporte de Cuiabá”, ressaltou.

Gasto de R$ 1 bilhão

Wilson Santos ainda destacou na audiência pública que o governo de Mato Grosso já registra gasto superior a R$ 1 bilhão com as obras do VLT ainda que a mesma esteja paralisada e sem perspectiva alguma de conclusão.

Isso porque já foi encerrado o período de carência do empréstimo de R$ 1,477 bilhão concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e CEF (Caixa Econômica Federal (BNDES) para a realização das obras. “O Estado já pagou R$ 900 milhões pela obra e renunciou a outros R$ 106 milhões. A União já desconta diretamente do Fundo de Participação dos Estados )FPE) uma quantia de até R$ 15 milhões mensais para a amortização da dívida”, destacou.

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