Depois da divulgação de um boletim de ocorrência registrado pelo vereador por Cuiabá, Adevair Cabral (PT), contra o colega de Parlamento Abílio Júnior, o Abilinho (PSC), agora veio à tona a informação de que o Ministério Público Estadual investiga Adevair por favorecimento da prostituição, exploração sexual de vulnerável e crimes contra a criança e o adolescente.
Conforme matéria publicada pelo jornal A Gazeta nesta sexta-feira (1º), a investigação, ainda preliminar, foi instaurada no final de agosto de agosto de 2017 após receber uma denúncia anônima. A acusação é referente ao artigo 228, do Código Penal Brasileiro que tipifica o ato criminoso de “induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem”. A pena prevista é de prisão dois a cinco anos.
Se for comprovada a denúncia e MPE denunciar o vereador, ele também pode responder pelos crimes previstos no artigo 228-B: “submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos”, cuja pena varia de uma a cinco anos de prisão.
Ao PORTAL AGORA MATO GROSSO, o Ministério Público confirmou a informação, mas não repassou mais detalhes. “O Ministério Público recebeu denúncia anônima via Ouvidoria em 2017 e requisitou investigações preliminares da Polícia Civil, ainda não é inquérito. Essas diligências foram concluídas e estão para análise da Promotoria de Justiça”, informou o órgão através da assessoria de imprensa.
A denúncia, depois de ter sido protocolada na 5ª Promotoria de Justiça Criminal de Várzea Grande foi encaminhada para a Polícia Civil que realizou diligências e mandou de volta o caso para o Ministério Público. Atualmente, o caso está nas mãos da promotora Anne Karine Louzich Hugueney Wiegert que vai decidir se abre ou não inquérito investigativo após a apuração preliminar.
Também foi denunciado Jaburitã Francisco Nunes e a Associação dos Servidores da Prefeitura, conhecida como “Clube Aspe”, onde os crimes teriam ocorrido. Adevair Cabral é o fundador da Aspe e já presidente do clube que fica no bairro Guarita II, em Várzea Grande (MT) e costuma ser arrendado por particulares. De acordo com A Gazeta, no procedimento investigatório, o local é citado como possível “casa de prostituição”.
Outro lado – A reportagem não conseguiu falar com o vereador Adevair Cabral. No entanto, ao jornal A Gazeta, o parlamentar informou desconhecer a acusação e negou que tenha cometido qualquer tipo de crime contra menores de idade.
Boletim de ocorrência contra Abilinho
No registro policial feito por Adevair Cabral contra o também vereador Abilinho, o tucano afirma que tomou conhecimento há pouco mais de 30 dias – de que Abílio teria uma foto na qual o tucano aparece deitado em uma cama, sem detalhar as circunstâncias do “flagrante”.
Conforme o parlamentar, Abilinho estaria mostrando a fotografia para outros vereadores. “O comunicante se reconheceu na foto, mas não sabe como ou quando foi tirada, e não reconhece a situação”, diz trecho da narrativa contida no boletim de ocorrência feito na tarde desta quinta-feira (31), na 1ª Delegacia da Polícia Civil de Cuiabá.