Mesmo com duas negativas da Justiça Eleitoral e os preparativos já em andamento para realizar nova eleição em Mato Grosso, o ex-vice governador Carlos Fávaro (PSD) insiste na tese de que deve ser empossado no Senado na cadeira que era da senadora Selma Arruda (Podemos), cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico. Sua defesa já prepara um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo aos ministros que autorizem a posse de Fávaro.
Representante do agronegócio, Fávaro foi o terceiro colocado nas eleições de 2018 com 434.972 votos. Sua defesa, feita por uma banca jurídica com vários advogados sob o comando do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, já fez o mesmo pedido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em ambas as cortes eleitorais, responsáveis pela cassação de toda a chapa de Selma Arruda, o pedido de Fávaro foi negado. Mesmo assim, a defesa avalia que a tese pode ser acolhida pela mais alta corte do Judiciário brasileiro. Dessa forma, só aguarda a publicação do acórdão pelo TSE para acionar o Supremo. A sessão que confirmou cassação de Selma por seis votos a um foi realizada na última terça-feira (10). Não há prazo para publicação do acórdão.
“Vamos recorrer para o Supremo sim. O Estado de Mato Grosso não pode ficar, mesmo provisoriamente, com apenas 2 senadores, ficando um cargo vago. É uma ofensa ao equilíbrio federativo. Entendemos que a melhor interpretação constitucional, portanto, e a garante que Carlos Fávaro assuma a vaga no Senado, nos termos do voto do Ministro Tarcísio do TSE”, ressaltou o ex-ministro Eduardo Cardoso ao PORTAL AGORA MATO GROSSO.