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Noite maldormida aumenta níveis de proteína ligada ao Alzheimer

Da redação com R7
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Um estudo preliminar feito por pesquisadores suecos descobriu que jovens privados de apenas uma noite de sono tinham níveis mais altos no sangue de tau — um biomarcador da doença de Alzheimer — do que quando tinham uma noite de descanso completa e ininterrupta.

Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (8) na revista científica Neurology.

A tau é uma proteína encontrada nos neurônios que pode se formar em emaranhados. Estes se acumulam no cérebro das pessoas com doença de Alzheimer.

Essa proteína pode começar a se desenvolver no cérebro décadas antes que os sintomas da doença apareçam, ressaltam os pesquisadores.

Estudos anteriores em idosos sugeriram que a privação do sono pode aumentar o nível de tau no líquido espinhal cerebral. Trauma na cabeça também pode aumentar as concentrações circulantes de tau no sangue.

Foram analisados 15 homens, com idade média de 22 anos. Os pesquisadores criaram dois cenários: de noites normais, seguidas de uma noite com interrupções.

Os homens tiveram um aumento médio de 17% nos níveis de tau no sangue após uma noite de privação de sono, em comparação com um aumento médio de 2% nos níveis de tau após uma boa noite de sono.

O médico Jonathan Cedernaes, da Universidade de Uppsala, um dos autores do estudo, afirma que “estudos futuros são necessários”.

“Quando os neurônios estão ativos, a produção de tau no cérebro aumenta. Níveis mais altos no sangue podem refletir que essas proteínas estão sendo eliminadas do cérebro ou refletir níveis elevados de tau no cérebro.”

Ele acrescenta que o estudo foi restrito a um pequeno grupo de homens saudáveis e que são necessárias mais evidências para determinar se, de fato, a privação do sono tem impacto sobre a demência.

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