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O Eu docente: processo de autoavaliação

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Imagem: professoresComo todo ser humano é difícil refletir nossas atitudes e, no meio acadêmico torna-se ainda mais difícil por se tratar de atitudes complexas e, que devem ter efeitos positivos, dinâmicos e educativos. Os professores possuem diversas atribuições, que por vezes não possuem um tempo hábil de reflexão, seja no contexto escolar ou no fazer profissional. Pois, é a partir da autoavaliação, que se pode melhorar direta ou indiretamente as ações capazes de transformar a educação.

Devemos pensar a educação como o caminho de construção do conhecimento e transformação social, isto implica na compreensão do pensamento de Paulo Freire de que “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.” Assim como, toda construção só será consolidada se bem planejada e autoavaliada, pois, o processo de ensinagem exige a “ação-reflexão-ação”. Desse modo, é preciso questionar-se: qual é o objetivo final desse processo?

Sabe-se que o principal objetivo do professor é a formação e construção de conhecimentos significativos, que tenham sentido e façam parte das práticas sociais dos estudantes. Atualmente, pensar em ensino é também refletir o que está sendo ensinado e quem está ensinando, afinal quando se pensa no aprendizado do estudante, logo vem em mente o que o professor está fazendo para que haja uma formação relevante, na qual o estudante seja protagonista das suas ações tanto no contexto escolar quanto em seus projetos de vida.
É difícil pensar em autoavaliação quando não enxergamos nosso trabalho, no entanto, essa ação se torna mais simples quando conseguimos analisar, o que estamos ou não fazendo, dentro do que nos é proposto e “oportunizado”.

A autoavaliação é a maneira enriquecedora para a melhoria das práticas pedagógicas. É refletindo sobre os resultados do nosso trabalho, que iremos aprimorar os meios de promover a aprendizagem, tendo em vista um ensino de qualidade , capaz de perpetuar um elo em relação às perspectivas da educação século XXI. Nesse sentido, é importante que o docente esteja em constante busca de conhecimentos, sem perder de vista o objetivo principal, que é a formação continuada do professor e a aprendizagem dos estudantes.

O professor se faz “professor” na ação de suas práxis e constantes reflexões acerca dos resultados obtidos ao longo do ano letivo e, no decorrer de sua carreira. Como bem expressa Paulo Freire: “Ninguém começa a ser professor numa certa terça-feira às 4 horas da tarde… Ninguém nasce professor ou marcado para ser professor. A gente se forma como educador permanentemente na prática e na reflexão sobre a prática”.
Insere-se aqui, que o desenvolvimento profissional docente é: “[…] um processo contínuo de aprendizagem que inclui, por um lado, a aquisição de novas competências, resultantes de práticas de inovação escolar e, por outro, a consolidação de competências adquiridas e mantidas ao longo da carreira” (PACHECO; FLORES, 1999, p. 168). E nesse processo a autoavaliação é fundamental, pois enseja uma análise crítica e transformadora.
Nesse sentido, no processo de diagnóstico contínuo do desempenho docente, o professor avaliado tem que desempenhar um papel ativo, pela realização da sua autoavaliação, já que são as suas práticas que constituem o objeto de análise e reflexão.

Por Professores:
Aline Boff Vaz
Camila Sobrinho Castro
Carla Carvalho Sant’ Ana

Professor-Orientador de Área: Diogo Diedrich Lemes Grellmann, Mestrando – Universidade São Judas Tadeu – São Paulo

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