Disposto a entrar na disputa pela vaga no Senado após a cassação da senadora Selma Arruda (Podemos), o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) ainda não sabe se terá ou não o apoio do governador Mauro Mendes (DEM). Ele garante que também não escolheu os dois suplentes e classificou como especulações as notícias de uma suposta chapa já formada com o ex-senador Cidinho Santos (PL) e o ex-prefeito de Rondonópolis e ex-deputado estadual, Adilton Sachetti (PRB).
Pivetta, durante entrevista ao programa Notícia de Frente, da TV Vila Real, observou que se, de fato, vier a ser candidato e for eleito, terá como uma de suas bandeiras de atuação o trabalho de combate à corrupção. Garantiu que era favorável à permanência de Selma Arruda no Senado, mas diante da cassação imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) e confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele decidiu participar da eleição suplementar.
A data da nova eleição ainda não está oficializada, mas tudo indica que deverá ser no dia 26 de abril deste ano. Para isso, o TRE tem sessão marcada para esta quarta-feira (22), no retorno das atividades, e oficializará a data do pleito suplementar.
No caso de Otaviano Pivetta, para viabilizar sua candidatura ele terá ainda, que convencer outros integrantes do seu próprio partido, em especial o presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antonio Galvan, que já deixou claro que tem interesse em ser o candidato do PDT para representar o setor do agronegócio.
Outro impasse diz respeito ao possível apoio de Mauro Mendes a Carlos Fávaro (PSD), que disputou o Senado em 2018 pelo grupo do governador e ficou em terceiro lugar. Antes de Pivetta sinalizar interesse na disputa, Mendes vinha falando publicamente que a tendência era de continuar apoiando Fávaro.
Sobre essa situação, Pivetta pondera que a escolha só cabe ao governador e não vai forçar a barra.
“O Mauro é uma pessoa de coerência, o fato dele ter falado isso naquele momento não quer dizer que ele não mude de opinião. Eu também me curvo quando dou uma declaração e me convencem do contrário, eu posso mudar de ideia. Eu entendo perfeitamente, não vou botar pressão”, argumentou o vice-governador ao lembrar que ainda dá tempo de Mendes decidir qual candidato apoiar, uma vez que a data da eleição sequer foi marcada.