Em um longo artigo publicado nesta terça-feira (21), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deu uma trégua na troca de farpas e acusações contra o governador Mauro Mendes (DEM) por causa de divergências políticas e fez um apelo ao chefe do Palácio Paiaguás para que ceda à Prefeitura da Capital, o prédio da Escola Estadual Nilo Póvoas, que será fechada depois de 50 anos.
Após confirmar o fechamento da escola, ignorando apelos e protestos de estudantes, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT), anunciou que o prédio será transformado num centro de referência em educação inclusiva. A ideia é utilizar o espaço para atender a todo tipo de inclusão, não somente dos alunos portadores de deficiência, mas também os alunos que encontram-se sofrendo com bullying, depressão, violência doméstica e uma série de fatores que acabam interferindo na aprendizagem.
Ainda assim, Emanuel Pinheiro agora reivindica o prédio para uso da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá. “Mediante a decisão do Governo do Estado de encerrar as atividades e fechar a estrutura física da Escola Estadual Professor Nilo Póvoas, como prefeito da Capital e em respeito a esta instituição de ensino, que completa neste ano de 2020, 50 anos de vida na história da educação pública de Cuiabá é que, tomo a decisão, de requerer ao Governo do Estado de Mato Grosso a cessão da unidade física da Escola para a Prefeitura Municipal de Cuiabá”, argumenta o emedebista.
Pinheiro já sabe dos planos e novos projetos do Governo do Estado para ocupação da unidade, mas de acordo com ele, ainda ficam fora da atividade-fim da escola que é a formação dos alunos na educação. “Acredito que um prédio como o da escola Nilo Póvoas não pode ser destinado para servir simplesmente como apoio, até porque existem outros prédios ociosos do Governo do Estado em Cuiabá para que possam desenvolver este fim extracurricular da educação. Acredito que uma escola municipal naquela localização seria um ganho ainda maior para o cidadão cuiabano”, argumenta o prefeito.
Para Emanuel Pinheiro, a escola municipal seria uma proposta mais viável e uma saída muito honrosa nesses tempos em que a educação tem sofrido várias perdas. Destaca, inclusive, o contexto histórico e o crescimento populacional registrado por Cuiabá nas últimas cinco décadas e a necessidade do Município em continuar ofertando mais vagas para a educação infantil, que tem déficit em torno de 5 mil vagas.
“Ocupar o prédio da histórica Nilo Póvoas significaria, não só uma oferta de mais 750 vagas para a educação infantil de zero a cinco anos em período integral e já com a expectativa de 300 vagas imediatas, mas uma economia aos cofres Municipais de aproximadamente R$ 6 milhões. Dinheiro este que seria utilizado na construção de 3 CMEIS para suprir a demanda e que poderá ser melhor aplicado com a utilização da estrutura física da instituição”, justifica.
Por fim, Emanuel demonstra otimismo e espera que seu pedido seja atendido. “Tenho uma expectativa muito positiva de que vamos ter o apoio da Secretaria de Estado de Educação, do vice-governador Otaviano Pivetta e do governador Mauro Mendes, porque é uma decisão a favor de Cuiabá, a favor da educação pública e a favor das nossas crianças, que precisam muito de mais ofertas de vagas, especialmente da educação infantil da capital do Estado de Mato Grosso. Peço, publicamente, ajuda ao Estado para que possamos provar nosso amor por Cuiabá, mais uma vez!”.