Cerca de 50 pessoas entre mulheres e homens participaram de uma manifestação na frente do Estádio Dito Souza, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande (MT), para repudiar a decisão do Clube Operaário Várzea-Grandense de contratar o goleiro Bruno Fernandes, condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samúdio, em 2010.
No protesto, realizado na noite desta terça-feira (21), os participantes usaram faixas, cartazes e entoaram frases como “Bruno Não”. A ação foi realizada na entrada do estádio que recebia torcedores para assistirem a disputa entre o Operário e o Poconé pelo Campeonato Mato-grossense.
A manifestação foi também uma forma de protesto contra os crimes de feminicídio e outras violências sofridas pelas mulheres. Para as participantes, não se trata de ser contra a ressocialização de pessoas condenadas pela prática de crimes, mas no caso do goleiro Bruno, de colocá-lo numa posição de ídolo de um esporte que é uma das paixões dos brasileiros.
A manifestação, intitulada “Chega de Violência Contra Mulher. Bruno(s), Não”, foi organizada pelo “Bloco das Mulheres”. Em relação ao goleiro Bruno, a Justiça de Varginha (MG) já autorizou o goleiro Bruno a se mudar para Mato Grosso.
Existia uma previsão para ele chegar no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, nesta quarta-feira (22).
Porém, na tarde desta terça-feira o supervisor de futebol do Clube Esportivo Operário, André Xela informou que Bruno não desembargará em Mato Grosso nesta quarta-feira, como estava inicialmente previsto. Justificou que ainda falta a liberação por parte do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.