Agente prisional acusado de torturar e agredir a companheira e o filho dela de 6 anos é colocado em liberdade. Edson Batista Alves, 35 anos, estava preso temporariamente há 81 dias. Conforme a Justiça, o prazo limite da prisão temporária foi atingido.
Na última segunda-feira (10), o juiz Jeverson Luiz Quinteiro, da 2ª Vara de Violência Doméstica da Capital determinou ainda que a vítima fosse intimada por carta precatória e também por telefone, já que mora em Rondonópolis.
A audiência de instrução, iniciada ontem, não foi finalizada porque o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) pediu o adiamento para ouvir uma testemunha que não compareceu.
Edson é acusado de torturar e agredir a companheira e o filho dela de 6 anos, que teve um dos braços quebrados. Mãe e filho eram mantidos em cárcere privado, em Cuiabá, e submetidos a sessões de espancamento e tortura.
Segundo relato da mãe, Edson colocava a cabeça da criança no vaso sanitário e dava descargas, tentando afogá-la. O agente, que já tem antecedentes por violência doméstica, e era monitorado por tornozeleira eletrônica, foi preso ao ser reconhecido enquanto “rondava” a Central de Flagrantes, para onde a companheira e o enteado haviam sido levados quando conseguiram escapar dele.
Em depoimento, a vítima, de 31 anos, relatou que se relacionava com o suspeito há 3 meses.
Moradora de Rondonópolis, veio para Cuiabá para morar com o acusado no mês de novembro do ano passado. Edson já havia agredido a mulher, mas ela não registrou ocorrência. Após a mudança para a Capital, o agente penitenciário começou a vigiar a namorada e não a deixava sair de casa, além de ofendê-la. A vítima tentou voltar para Rondonópolis, porém foi impedida pelo então namorado.