Agora MT Brasil Polícia diz que Flordelis forjou tentativa de extorsão com celular de presidiário
ACUSADA SER MANDANTE

Polícia diz que Flordelis forjou tentativa de extorsão com celular de presidiário

Na troca de mensagens, um suposto policial teria pedido dinheiro a ela para ajudar um amigo. Ele também teria solicitado que a deputada chorasse nas entrevistas

G1
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Imagem: Flordelis 1 Polícia diz que Flordelis forjou tentativa de extorsão com celular de presidiário
Reprodução

A investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a morte do pastor Anderson do Carmo indica que a deputada federal Flordelis (PSD) – acusada de ser a mandante do crime – forjou uma tentativa de extorsão contra ela em 2019, quando o assassinato do marido era investigado.

Na ocasião, a parlamentar disse que um policial da Delegacia de Homicídios tentou praticar uma extorsão contra ela.

Na troca de mensagens, um suposto policial teria pedido dinheiro a ela para ajudar um amigo. Ele também teria solicitado que a deputada chorasse nas entrevistas.

A defesa de Flordelis afirma que o caso foi registrado na Polícia Federal.

Troca de mensagens entre Flordelis e suposto policial civil. Polícia descobriu que a conversa foi forjada — Foto: Reprodução

Troca de mensagens entre Flordelis e suposto policial civil. Polícia descobriu que a conversa foi forjada — Foto: Reprodução

Um relatório da investigação da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí afirma que o telefone celular que troca mensagens com Flordelis está em nome de Jota Carvalho Júnior, um homem preso pela Polícia Federal por tráfico internacional de drogas.

Para os investigadores, isso demonstra que a tentativa de extorsão foi forjada. Agora, a polícia tenta descobrir se foi o preso quem escreveu a mensagem, ou se teria sido alguém ligado à pastora.

Há ainda a hipótese de que alguém possa ter comprado um telefone com o CPF (cadastro de pessoa física) do preso e escrito as mensagens de fora da prisão.

Foto de arquivo de 25 de junho de 2019 da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) durante coletiva de imprensa realizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde falou sobre o assassinato do seu marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo

Foto de arquivo de 25 de junho de 2019 da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) durante coletiva de imprensa realizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde falou sobre o assassinato do seu marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo

Flordelis tentou evitar transferência de filho

 

G1 obteve também a conversa que Flordelis teve, em 2019, com o seu então advogado Fabiano Migueis. Na ocasião, Fabiano se mostrou preocupado com a transferência de Lucas Cezar dos Santos, filho da pastora, para um presídio com detentos da facção criminosa Comando Vermelho. Atualmente, Lucas está em Bangu 9, unidade onde estão milicianos, policiais e ex-policiais.

Conversa entre Flordelis e o então advogado Fabiano Migueis — Foto: Reprodução

Conversa entre Flordelis e o então advogado Fabiano Migueis — Foto: Reprodução

De acordo com a polícia, Flordelis tentou que Lucas assumisse a autoria do assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Para isso, pede que Lucas escreva uma carta contando isso.

Em depoimento, Lucas contou que a carta foi entregue a ele por Andreia Santos Maia, mulher do policial Marcos Siqueira. À polícia, o jovem contou que a orientação era que ele copiasse o teor com a própria letra.

Lucas contou ainda que a carta original, com letra e assinatura de Flordelis, foi rasgada por Flávio dos Santos Rodrigues, o outro filho da parlamentar, que também está preso. Em seguida, a mensagem foi jogada no vaso sanitário.

Lucas negou para a polícia a veracidade do conteúdo e disse apenas que fez para diminuir a pressão feita por Flávio. Ele disse ainda que foi induzido a apontar para outros integrantes da família, Misael e Luan.

Segundo ele, os advogados de Flávio foram procurá-lo para desistir da reconstituição do crime que foi realizada na casa de Flordelis, em setembro de 2019.

Os investigadores descobriram que Andreia Santos Maia, mulher do policial Marcos Siqueira, preso na mesma unidade que Lucas, recebeu R$ 2 mil para convencê-lo a assumir o crime.

Conversas entre Flordelis e Andreia Santos Maia, mulher do policial Marcos Siqueira — Foto: Reprodução

Conversas entre Flordelis e Andreia Santos Maia, mulher do policial Marcos Siqueira — Foto: Reprodução

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