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Preguiça é a mãe de todas as pobrezas

Por João Edisom de Souza
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Conceitualmente vamos aqui classificar o homem em: intelectual, força do conhecimento; físico, força da execução (trabalho) e; espiritual, força da fé (coerência). Nos três casos necessitamos de um esforço enorme para evoluirmos. O progresso financeiro, intelectual ou espiritual é precedido de muita resiliência, esforço, estudo, dedicação e disciplina. Para Benjamin Franklin, “a preguiça anda tão devagar que a pobreza facilmente a alcança”.

Chegamos ao tempo de eleições e com ela vem as dúvidas. Dúvida é o objeto de quem não estudou a matéria como deveria. Tem aqueles que acreditam em discursos fantasiosos. Acreditar em fantasias é prerrogativa de infantilidade, ou seja, alguém que desconhece ou ignora a realidade.  Tem gente que vende o voto. Vender o voto é a condição para aqueles que não conseguem valorar o custo das suas escolhas. Por que somos assim?

Primeiro que pensamos que preguiçoso é só aquela pessoa que não trabalha (físico). Sabemos que o esforço meramente subserviente não tem valor, nunca pagou bem e nem vai pagar. Recurso ou rendimento para além da sobrevivência vai para quem planeja, cria, fiscaliza e manda! Aliás, trabalho operacional está apenas um estágio acima da ferramenta que usa e, dependendo da preguiça intelectual, está abaixo por não saber manusear as ferramentas de forma eficiente.

A preguiça intelectual faz as pessoas fazerem escolhas sempre pelos atalhos: colar na escola, usar a esperteza, fazer cursos com foco no diploma e não no conhecimento, comprar títulos e gerar currículos inexistentes. Na vida vão a cargos indicados ou, no máximo, a massa de militâncias para protestar e culpar alguém pelo baixo desempenho profissional. Nunca se culpam pela sua preguiça intelectual. O Marquês de Maricá afirmou que “a preguiça gasta a vida, como a ferrugem consome o ferro”.

Temos que respeitar e conviver com todas as manifestações religiosas, mas a preguiça espiritual perniciosa que falo está no sincretismo exploratório que habita em um mesmo corpo e em uma mesma alma. Quem acredita em tudo é porque não conhece em que está acreditando. François La Rochefoucauld escreveu que “temos mais preguiça no espírito do que no corpo”.

Em todas as religiões e no próprio ateísmo temos pessoas sérias, conhecedoras e comprometidas com aquilo que pregam, mas até para identificá-los e separar dos ruins e falsos exige esforço e conhecimento. Para o preguiçoso, o normal é ser um fiel que não lê as doutrinas de sua orientação espiritual, cortar caminho, prefere ouvir e seguir as explicações dos outros a fazer seu próprio juízo através de seu esforço. Por isso neste campo espiritual há tantos charlatões ganhando dinheiro por vender curas, ler o futuro, produzir substancias milagrosas ou firmar contrato com o “ deus da minha igreja” em troca de dinheiro com o único objetivo de aumentar seu capital financeiro.

Governos pobres de conhecimento, mas ricos de más intenções sobrevivem na política graças a preguiça enraizada em seu povo.  Resultado é que sempre vai faltar políticas que valorizam o conhecimento e o trabalho. Para manter seu eleitorado fazem justamente o contrário; castiga quem trabalha, arrancando o couro através dos impostos altos daqueles que pensam, planejam e produzem. Nunca valorizam a educação. Ao contrário, adoram vangloriarem as escolas da vida e diplomar analfabetos para continuar governando seus cérebros confusos e infantis e, para concluir sua epopeia, são capazes de adentrar a todos os templos de todas as convicções religiosas, desde que hajam os fieis que lhes deem voto.

O caminho dos preguiçosos é cheio de obstáculos. Até porque as maiores dificuldades são filhas da preguiça. Se quiser construir uma história diferente e melhor para si, para sua família, para seu país, a primeira coisa que o homem deve procurar fazer é vencer a preguiça. Se quiser ser dono do seu destino, tem que ter coragem intelectual, profissional e religiosa.

Como afirmou Salomão, provérbio 15:14: “Quem é sábio procura aprender, mas os tolos estão satisfeitos com a sua própria ignorância”.

 

*João Edisom de Souza, professor universitário, analista e articulista político

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