O deputado estadual de primeiro mandato Claudinei Lopes, o Delegado Claudinei (PSL), afirmou ao AgoraMT que chegou a ter seu nome ventilado para entrar na disputa eleitoral deste ano, se lançando a prefeito de Rondonópolis, mas ele diz que ainda tem um trabalho a ser realizado na Assembleia Legislativa e ter avaliado que este não era o melhor momento para tentar a prefeitura. Dessa forma, seu partido decidiu inicialmente apoiar a candidatura de Cláudio Ferreira, o Paisagista (DC), mas desentendimentos de bastidores acabaram por levar o PSL a apoiar a candidatura do empresário Luiz Fernando Carvalho, o Luizão (Republicanos).
“Tenho compromisso com meu eleitor de terminar meu mandato de deputado, compromisso com a minha instituição, que é a Polícia Civil, com o fortalecimento da Polícia Civil, tenho compromisso com a segurança pública e com as demais instituições de segurança pública, Polícia Militar, Bombeiros, Detran, Sistema Penitenciário e Socioeducativo. Então, achamos melhor não partir agora para ser candidato, mas é claro que tenho um carinho especial por Rondonópolis e essa é uma ideia que a gente não pode descartar para o futuro. Mas no momento, a minha luta é no Parlamento”, declarou Claudinei.
Sobre o apoio de seu partido, o deputado esclareceu que desde o início das articulações o PSL trabalhava para lançar uma única candidatura de direita na cidade, mas isso acabou não dando certo e seu partido decidiu se coligar com o DC de Cláudio Paisagista, o que também não foi concretizado. “Ele acabou descumprindo alguns acordos conosco, mais de uma vez inclusive, não aceitando a nossa indicada a vice Marchiane (Fritzen), estava tudo certo até o último dia, quando nos chamou e indicou outra pessoa do PSL, o que acabou tirando a confiança que tínhamos no Cláudio. Por isso, decidimos fechar o apoio ao Luizão, com quem já tínhamos mantendo conversas”, explicou.
Sobre o quadro político montado com a definição das candidaturas a prefeito, o deputado avalia que tanto os candidatos mais à direita quanto os mais à esquerda saíram divididos, o que torna o pleito totalmente aberto, com chances de surpresas, com a eleição de um nome que não conste como favorito. “Eu vejo que o prefeito Zé do Pátio é um nome forte, mas não tenho mais a visão dele praticamente eleito. No início, a gente pensava que se saísse três ou quatro candidatos ele estaria reeleito, mas hoje eu vejo que da mesma forma como a direita se dividiu, acabou que grupos que apoiavam o Zé do Pátio, de esquerda também, e até o vice Ubaldo (Barros) se lançou pelo Cidadania. Isso acabou dividindo os votos do prefeito e vai atrapalhar muito ele”, analisou.
Ele ainda acredita que candidaturas como a do PSOL e do PT, além do próprio vice-prefeito, tiram votos de Pátio, o que torna o pleito aberto, sem nenhum franco favorito. “Esse pessoal acabou se rachando até mais que a direita”, concluiu.