A casa da professora de arte Priscila de Macedo, que leciona na Escola Estadual Ramiro Bernardo da Silva, localizada em Rondonópolis (a 212 quilômetros ao sul da Capital) se transformou num estúdio de gravação e transmissão ao vivo aproveitando o que a tecnologia tem de melhor.
Muito antes da pandemia, a profissional da educação já tinha adaptado sua residência para as aulas remotas produzindo vídeo ou para aulas online. A professora levou em conta o fato do marido que é professor de educação física precisar de um espaço maior para gravar as aulas práticas.
A partir da necessidade, surgiu a ideia de usar dois cômodos que existem na nossa casa, utilizado como “quartinho da bagunça” e quarto de hóspedes, para ser um amplo estúdio para a gravação das aulas ou mesmo para a transmissão das aulas online por meio dos aplicativos.
O casal reorganizou os móveis, comprando outros, criando luminárias, investindo em tripés, extensões e numa internet melhor para as aulas remotas.
“Recentemente confeccionamos duas luminárias, com a ajuda de um amigo em comum, usando canos, bocais, fios e lâmpadas para nos ajudar nas aulas ao vivo e nas gravações, porque percebemos que os vídeos e as aulas estavam ainda um pouco escuros para os alunos. Postei em algumas redes sociais, e alguns professores já tem replicado a ideia e tem dado certo”, comemora Priscila.
Para os alunos que não tem acesso a plataforma Microsoft Teams, Priscila grava as videoaulas lendo e explicando a apostila, mostrando imagens além do material, e indicando vídeos, música, e tudo que possa complementar aquele conteúdo através de seu canal no You tube, ativado desde o tempo de faculdade.
Com as aulas online, Priscila deu uma repaginada, criando capas, um novo nome, e começou a gravar e postar nele. Em seguida, envia o link para os alunos que hora ou outra estão conectados a alguma rede banda larga.
“Essa metodologia tem ajudado muitos alunos, o que me motivou a criar mais. Tenho feito vídeos ensinando passo a passo a criar as atividades que tenho pedido nas apostilas. Desenhos, esculturas, pinturas, fantoches, instalações. Tudo eu tento fazer da melhor forma possível, filmando, ensinando o passo a passo, e postando no canal. Mando para eles o link daquela atividade e percebo o quanto tem motivado eles a fazerem também. Tenho postado na página os trabalhos que mais se sobressaem, e isso tem os motivado mais e mais, como numa exposição, uma galeria de belas artes feitas na quarentena”, salienta.