O Posto de Atendimento Emergencial aos Animais do Pantanal (PAEAS Pantanal) já distribuiu mais de 2,3 milhões de litros de água em atenção aos animais silvestres vítimas dos incêndios florestais no bioma. A força-tarefa também já destinou mais de 53 toneladas de alimentos em pontos estratégicos e georreferenciados para atendimento aos animais. Atualmente, 72 pessoas, entre servidores, militares, voluntários, funcionários da iniciativa privada e reeducandos estão envolvidos com o trabalho de resgate e assistência aos animais.
Desde o início do funcionamento do Posto, em 30 de agosto, foram atendidos 40 animais pelas equipes do PAEAS Pantanal de variadas espécies: Tuiuiú, Garça, Iguana, Jabuti, Jaguatirica, Queixada, Anta, Maritaca, Cachorro do Mato, Pequeno Roedor, Veado, Jabuti, Paca, Gavião (casaco de couro), Ariranha, Coruja Buraqueira, Quati, Lontra, Sagui Marrom, Veado Mateiro e Tamanduá.
“O que estamos vendo aqui no Pantanal é a união entre diversos setores e de profissionais das mais variadas profissões em prol de um objetivo único que é dar conforto aos animais que estão sofrendo diante dos incêndios florestais”, destaca o coronel Bombeiro Militar Paulo André Barroso.
Para o militar, que coordena do PAEAS e responde pela secretaria executiva do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, temos, diante desse desastre ambiental, a oportunidade de criar um ciclo do bem em prol do Planeta. “Vemos que o homem tem a capacidade de se unir pelo bem, tanto quanto tem de se unir pelo mal causando desastres como esse. Agradeço ao Governo, às ONGs e instituições privadas que estão aqui presentes e àqueles que estão orando por todos. Esta união fará diferença no futuro do Planeta”, complementa.
Ciência
As ações de distribuição de água e alimentos para fazer frente à seca é acompanhada por especialistas. Na última semana, uma equipe de especialistas do curso de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Mato Grosso esteve no local para avaliar as águas dos corixos.
”Estamos com suspeitas de botulismo nas lontras. Por isso, vamos avaliar a água existente nos corixos, a água dos caminhões pipa e também como ficará a qualidade da água depois que enchermos os lagos”, explica a médica veterinária Karen Ramos, responsável técnica pelo PAEAS Pantanal.