O médico Kleber Amorim, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à prefeitura de Rondonópolis aponta um crescimento de sua candidatura nesses primeiros dias de campanha eleitoral e que divisão no campo mais à direita pode beneficiar demais candidaturas. Ele também analisa que algumas candidaturas não “decolaram” e que quatro candidaturas já começam a se destacar das demais.
De acordo com o petista, a sua candidatura foi lançada com uma grande carreata na última segunda-feira (12) e desde então tem participado de inúmeras atividades e notado um crescimento na aceitação de suas propostas. “Na medida em que a campanha vai para as ruas, nós temos visto uma grande aceitação e vimos um crescimento muito importante. Nossa agenda está lotada de compromissos da campanha e a receptividade das pessoas tem sido muito boa mesmo”, avaliou Kleber Amorim.
Sobre a questão da pandemia do coronavírus, o candidato diz que isso tem limitado a participação nos eventos de sua campanha eleitoral, por conta de sua própria coordenação recomendar reuniões com pequenos grupos de pessoas, para evitar a propagação da doença, diferentemente de outras campanhas eleitorais, mas que ainda assim tem conseguido tocar sua campanha.
Ele analisa que o elevado número de candidaturas no pleito, oito ao todo, é um fator positivo para sua candidatura, principalmente no caso das candidaturas do campo mais identificado com a direita, que não conseguiram se unificar numa única candidatura. “A gente sabe que grande parte da população de Rondonópolis tem um viés mais conservador. E esse voto conservador está sendo disputado por várias candidaturas, o que é muito positivo para a gente, porque a nossa fatia (do eleitorado), apesar de ser menor, a gente consegue alcançar com mais facilidade, enquanto as demais candidaturas tem tido dificuldade para conquistar esse voto mais à direita”, pontuou.
Para Kleber Amorim, algumas candidaturas não conseguiram decolar, enfrentando problemas desde as suas convenções, e ele analisa que quatro candidaturas, incluindo a sua própria, a do atual prefeito José Carlos do Pátio, da coligação “Rondonópolis nos Trilhos do Desenvolvimento Econômico e Social” (SD, PP, PTB, Rede, PSD, PCdoB e PV), a de Thiago Muniz, da coligação “Unidos para crescer” (PSC, DEM, PDT, PSB e MDB) e a do candidato Luiz Fernando Carvalho, o Luizão, da coligação “Chegou a Hora de Mudar” (Republicanos, PSL e PSDB), tem se descolado das demais e demonstrado uma maior estrutura e potencial de votos, deixando as demais candidaturas num patamar abaixo. “Essa campanha demostra que nos próximos trinta dias será muito competitiva, provavelmente entre estes quatro candidatos. Eu acredito que a grande disputa será entre esses quatro grandes projetos”.
Sobre a tese bastante propagada pelos bastidores da política local de que o atual prefeito seria imbatível nessa eleição, o petista é enfático ao negá-la. “De forma alguma. O Zé tem um público mais à esquerda, mas é um público que não está acostumado com um projeto realmente de esquerda. E agora existe um projeto, e não um grupo, voltado para as pessoas trabalhadoras”, encerrou, deixando entrever que disputa a mesma faixa de eleitorado com José Carlos do Pátio.