Após um mapeamento das regiões com maiores casos de dengue em Rondonópolis, equipes formadas por Agentes de Combate às Endemias estão nas ruas de bairros como Edelmina Querubim, Serra Dourada e Carlos Bezerra. O objetivo é reforças juntos a população os cuidados com o mosquito da espécie Aedes que também são responsáveis pela transmissão da chikungunya, febre amarela e Zika.
Em um dos bairros visitados pela equipe de Vigilância Epidemiológica, a equipe encontrou uma piscina com restante de água, propícia para o criadouro do mosquito. Nela inclusive, já existiam larvas. “Nos orientamos esse morador sobre a limpeza do local, caso não seja feita, iremos notifica-lo, e depois seguiremos com outras medidas”, disse o gerente da Unidade de Vigilância em Zoonoses do município, Wagner Santos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 4 bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção pela dengue. Anualmente, 390 milhões de casos são registrados no mundo, dos quais 96 milhões se manifestam clinicamente.
No Brasil, o maior surto da doença aconteceu em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. O lixo também é propício para a doença.
Em Rondonópolis, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, repassados ao Portal AGORAMT, de janeiro a junho de 2020, foram confirmados 1129 casos. No ano passado foram confirmados, nesse mesmo período, 67 casos.
Sintomas
A dengue pode ter diferentes apresentações clínicas e de prognóstico imprevisível. Os primeiros sintomas aparecem de quatro a 10 dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave caracterizado por febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações.
Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir manifestações clínicas (sinais de alarme) correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal chamada dengue grave (conhecida anteriormente como dengue hemorrágica), que aparecem devido ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversível e à morte.