Diego Guimarães (Cidadania) foi reeleito em Cuiabá como o vereador mais votado nas eleições deste ano.
Ao todo, 4.179 (quatro mil cento e setenta e nove) pessoas votaram nele no dia 15 de novembro. A votação foi tão expressiva, que Diego foi o único dos mais de 700 candidatos a receber mais de quatro mil votos.
A campanha começou oficialmente, segundo a Justiça Eleitoral, no dia 26 de setembro quando os candidatos estavam autorizados a pedir votos na internet e seguiu até o dia 12 de novembro, três dias antes da votação.
No entanto, o Portal da Transparência mostrou que neste período Diego Guimarães seguiu requisitando e recebendo as chamadas Verbas Indenizatórias na Câmara de Vereadores de Cuiabá.
Por lei as Verbas Indenizatórias tem carácter restitutivo, ou seja, são repassadas para restituir valores gastos para o exército parlamentar. Mas a mesa diretora da Câmara de Cuiabá não exige notas fiscais, apenas um relatório de atividades.
O pagamento não é automático e dia três de novembro a mesa diretora depositou para ele R$ 18.906,97 (dezoito mil novecentos e seis reis com noventa e sete centavos). A nota diz que o pagamento foi referente aos gastos do mês de outubro, período eletoral, requeridos por Diego.
Dia 19 de novembro, quatro dias depois da votação a Câmara depositou mais R$ 18.906,97 (dezoito mil novecentos e seis reais com noventa e sete centavos) para Diego Guimarães. A nota diz que o valor foi referente aos gastos do mês de novembro.
Os vereadores podem pedir o ressarcimento mediante “VI” de até R$ 18.906,97 (dezoito mil novecentos e seis reais com noventa e sete centavos). Ou seja, nos dois meses que estava em campanha, Diego pediu o valor máximo disponível.
Diego não foi localizado para comentar o assunto. A reportagem do Agora MT ligou no número disponibilizado por ele no site da Câmara de Vereadores de Cuiabá, mas as ligações não foram atendidas.
A pergunta que seria feita ao vereador é quais foram os compromissos parlamentares dele no período eleitoral que o levaram a gastar quase R$ 40 mil, que é o valor restituído a ele pela Câmara.