O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), afirmou não ser razoável o estado bancar a realização de um plebiscito – que custaria aproximadamente R$ 16 milhões – para que a população faça uma escolha entre o BRT ou o VLT.
A consulta popular vem sendo defendida pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que se opõe a troca do modal de transporte a ser implantado na Baixada Cuiabana.
“Não acho razoável [investir R$ 16 milhões]. Não acho que é o momento de fazer plebiscito. Momento é de construirmos, tirarmos os ‘trambolhos’ que estão aí e fazer algo que venha a ser realmente utilizado pela população. Isso que penso”, disse o democrata.
Botelho adiantou ser contrário a medida, mas garantiu que colocará a proposta de realização do plebiscito em tramitação na Assembleia, caso o projeto reúna as oito assinaturas necessárias.
“Se tiver as assinaturas, colocaremos em tramitação. Agora, se vai ser aprovado ou não, é outra história. Tramitar, tramita. Porque é obrigação e faz parte do regimento. Eu voto contra, evidentemente”, disse.
Questionado se já tentou convencer o prefeito a recuar da ideia, Botelho garantiu que não.
De todo modo, garantiu ter a certeza de que o BRT é o modal que melhor se adapta a Cuiabá e Várzea Grande neste momento.
“Converso com o prefeito quase todos os dias, mas eu nem tento demovê-lo. É uma ideia que ele tem. Não cabe a mim [fazê-lo desistir]. Já disse minha posição a ele e ouvi a posição dele”, disse.
“Agora, acho que o melhor no momento é nos unirmos para construir o BRT. Já está escolhido, já está em projeto. Ficar lutando para voltar atrás é o mesmo que ‘botar pedra no caminho’, é colocar empecilhos para não ser construído nada”, concluiu o presidente.