Mais de 200 caminhões estão parados, alguns atolados, em um trecho de 120 quilômetros da BR-158 entre os municípios de Ribeirão Cascalheira e Canabrava do Norte, interior de Mato Grosso.
O trecho não tem asfalto por que passa dentro da reserva indígena de Marawadese. Desde que a rodovia foi aberta, ainda na ditadura militar, existe o entrave no trecho que é um dos maiores do Brasil.
Rogério Leite, morador de Confresa, ficou assustado ao passar de carro pelos 120 km esta semana.
“São muitos caminhões parados, que não conseguem trafegar devido aos atoleiros”, contou o pequeno empresário que levou mais de quatro horas para concluir o percurso devido às péssimas condições da estrada.
“Fico pensando. E se tiver que passar com um paciente. Vai demorar tudo isso?”, questiona o empresário.
O sindicato rural da cidade presta apoio aos trabalhadores e calcula aproximadamente 200 veículos pesados parados. O número varia a cada dia de acordo com a condição do tempo.
O Norte Araguaia é uma importante produtora de grãos, considerada a última fronteira agrícola de Mato Grosso. De acordo com o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) o ritmo da colheita na região esta bem mais lento que na safra anterior. Até o momento foram concluídos 18% dos trabalhos, neste mesmo período do ano passado eram mais de 35%.