O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, não poupou críticas ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), a quem ele acusa de fazer uma “politicagem rasteira”, já pensando na disputa eleitoral de 2022.
Emanuel se opõe à troca do modal de transporte a ser implantado na Baixada Cuiabana e defende a realização de um plebiscito para que a escolha entre o VLT e o BRT seja feita pela população.
“Tem que parar de politicagem rasteira. Ele está pensando na eleição de 2022, fazendo uma antecipação de um debate eleitoral que não interessa ao cidadão, que interessa somente ao grupo político do Emanuel Pinheiro”, disparou o secretário.
Ele também questionou o fato de Emanuel não ter levantado a possibilidade de uma consulta popular, quando o então governador Silval Barbosa optou pela troca do BRT para o VLT.
Gallo lembrou que, além de exercer o mandato de deputado estadual, Emanuel, à época, presidia a comissão de acompanhamento das obras da Copa.
“Gostaria só de perguntar ao senhor Emanuel Pinheiro: quando houve a troca do BRT para o VLT, em 2011, ele pediu ao Silval que fizesse o plebiscito? Porque ele não exigiu e está exigindo agora? A hipocrisia irrita. E quando a hipocrisia vem daqueles que deveriam ter feito e não fizeram, irrita ainda mais”, disse.
“Houve uma troca lá atrás que ocorreu com base em fraude. Fraude que ocorreu para pagar propina. Aí não teve plebiscito. Agora quer fazer. Deixa de politicagem. Vamos pensar no que é melhor para população, que é o BRT”, emendou Gallo.
“Rasgar dinheiro público”
O secretário também comentou declarações dadas nesta semana pelo prefeito Emanuel Pinheiro dando conta de que a realização do plebiscito deve custar R$ 16 milhões, montante que tem que ser custeado pelo Estado.
“Esses R$ 16 milhões poderiam ser gastos com a Saúde. O prefeito parece que quer rasgar dinheiro como se estivesse sobrando dinheiro público. Dinheiro público tem que ser gasto com aquilo que efetivamente é necessário”.
“Não há necessidade de se fazer um plebiscito. O que tem aí é uma politicagem absurda, tentando fazer a polarização de uma discussão bizarra. Porque a gente sabe e ele [Emanuel] sabe que o VLT não é viável”, finalizou.