A pandemia causou algumas mudanças significativas na cadeia interna de suprimento de Feijão nos Estados Unidos. O consumo interno de Feijão Tigre aumentou em comparação ao ano passado, porém a necessidade de mudança no tamanho dos pacotes e a mudança nos fluxos de restaurante para mercearias e restaurantes drive-thru criou um desafio para os processadores e para os distribuidores de Feijão, devido ao coronavírus.
Cerca de 75% do Feijão Tigre é usado pelo mercado interno na alimentação doméstica, enlatados ou em produtos processados. Os 25% restantes são exportados para uma variedade de países ao redor do mundo. Em 2020 a produção alcançou um novo recorde nos EUA, contudo as vendas de exportação estão um pouco atrás dos níveis de 2019.
A recessão econômica mundial gerada pela covid-19 tem levantado preocupações internacionais. Um ponto de vista é que as vendas de exportação podem aumentar porque o Feijão é uma fonte de proteína barata. Por outro lado, os compradores internacionais podem ter dificuldades de conseguir financiamento necessário para comprar grãos dos EUA e as vendas podem permanecer lentas.
Soja x Feijão
Da mesma forma que o Feijão Tigre, o Feijão Navy tende a ter uma estabilidade nos preços até março e a incerteza a respeito da área plantada pode gerar certa instabilidade nos preços nos outros meses.
Os preços de contrato de produção de 2021 precisarão ser altos o suficiente para manterem a base de área atual de Feijão, dado o aumento dos preços da soja.
No Brasil, apesar da previsão de volume recorde na colheita de grãos em 2021. A previsão é de que o alto valor negociado pela soja interfira no volume de áreas plantadas de outras cultivares, entre elas o Feijão.
A expectativa do IBGE é de que, enquanto a produção de soja deve ter um novo aumento (+6,8%), as colheitas de arroz (-0,8%) e do Feijão (-3%) devem recuar. No caso do arroz, serão cerca de 47 mil toneladas a menos. No caso do Feijão, serão 86,4 mil toneladas abaixo da produção de 2020.