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OPINIÃO DO LEITOR

A ideologia que MATA…

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Imagem: Claudio Ferreira candidato a prefeito por roo A ideologia que MATA...
Cláudio Ferreira é empresário e disputou as eleições municipais de 2020 como candidato a prefeito de Rondonópolis pelo partido Democracia Cristã. Foto: Varlei Cordova / AGORA MT

A pandemia tem acirrado os ânimos das lideranças de Rondonópolis, maior cidade do interior de Mato Grosso e rotineiramente nascedouro de muitas das discussões políticas que ganham a atenção do estado e até fora dele.  Fui candidato a prefeito dessa cidade em 2020, recebendo dos seus eleitores 17.498 votos. Estas pessoas, assim como eu, estavam e ainda seguem insatisfeitas e o motivo não poderia ser mais justo.

De uma maneira geral, não existe seriedade e colaboração mútua no combate ao vírus chinês. Nacionalmente falando, a pauta está completamente politizada à esquerda, inclusive parte da grande mídia se uniu para criar uma narrativa que responsabiliza o presidente. O próprio Ciro Gomes, provável candidato no ano que vem, assumiu isso ao dizer que:  “nós todos da oposição estamos tratando de destruir o Bolsonaro, senão ele acerta a mão e fica aí 8 anos…”.

As pessoas não podem considerar que um sujeito com um pensamento norteado por este propósito e uma gama de brasileiros imbuídos de buscar o poder em detrimento de vidas seja algo normal. Não é aceitável que numa hora destas um cidadão como esse e seus seguidores se comportem feito saqueadores de caminhão tombado, como hienas aguardando a distração do felino caçador pra encher a barriga com sua caça, sem ter o menor trabalho.

O prefeito local faz exatamente a mesma coisa. Ao distorcer a postura e a verdade da relação do Poder Público com a Santa Casa e em suas várias ações negativas em mais de um ano frente a crise, onde não apresentou nada de concreto, embora tenha recebido R$ 60 milhões pra tanto, o gestor se achou no direito de desviar grande parte desse recurso, PRA SOCORRER O POVO, da sua finalidade moral. Onde estão as UTI’s que ele anunciou que faria desde o primeiro semestre de 2020? O gestor ignora completamente o tratamento precoce, talvez pra agradar os filhos que são fanáticos antibolsonaro. Qual foi o trabalho de conscientização em relação a medidas sanitárias?

O comportamento é deplorável do ponto de vista de resultado e nas entrelinhas se observa, como bem definem alguns analistas, que TUDO TEM MÉTODO. Gestores como Zé do Pátio querem decidir tudo sozinhos, sem abrir espaço para nenhuma opinião, sob o risco dela não lhe agradar. Mas quando chega a hora de se responsabilizar pelas consequências, portam-se feito meninos que apontam o irmão pelas travessuras, tentando escapar da surra da mãe (nesse caso o povo…).

Seu caminho mais lógico era tranquilizar a população e atuar como uma liderança que transpirasse confiança, otimizando recursos públicos e com o uso da criatividade e parcerias fazê-los triplicar em políticas e serviços, em meio um momento historicamente terrível para a saúde e as finanças do povo. Recentemente, porém, o prefeito gravou um vídeo em forma de ameaça, utilizando o poder econômico da produção local, que ele, aliás, vive a atrapalhar, para ameaçar o Brasil todo que pode fechar a cidade porque não veio vacina suficiente…

Ora bolas, só existe uma VÍTIMA agora e ela não político alguma, mas o povo que está morrendo sem atendimento e indo pra miséria. O Brasil é o 5º país que mais vacina no mundo, o Governo Federal acordou ainda em julho do ano passado 100.000.000 de doses da vacina. Em setembro acordou mais 42.000.000 de doses e aos poucos está sendo tudo entregue. País nenhuma do mundo pode inventar vacina do nada e o tempo sempre foi, como todos sabemos, o maior adversário dessa guerra que passamos.

É exatamente por isso que BILHÕES chegaram para estados e municípios, com os prefeitos e governadores ganhando do STF autonomia para atuar. Esse dinheiro era para “estocar mantimentos”, para se preparar para um tempo sombrio e então ter como estender a mão a cada um dos cidadãos. Quem agora corre atrás de fazer UTI, depois de todas elas estarem lotados, visivelmente não fez o que deveria ter feito. Mas um gestor público de esquerda sempre consegue nos surpreender e quando a gente acha que ele não consegue fazer pior eis que o dito cujo vai lá e mostra que é possível.

O prefeito de Rondonópolis recebeu uma proposta da Santa Casa. Cerca de R$ 2,5 milhões em equipamentos de investimento (estrutura essa que retornaria aos cuidados do Município posteriormente), mais R$ 800 mil por mês até o fim do ano e o povo teria então mais 10 UTIs COVID pra contar. No total, Pátio não gostou da ideia de gastar quase R$ 10 milhões, preferiu aprovar na Câmara de Vereadores cerca de R$ 25 milhões para colocar 10 UTI’s pra funcionar na Unidade de Pronto Atendimento – UPA.

Nem vou aqui citar com mais profundidade as informações técnicas de que a UPA não tem condições de fazer tomografia, que é parte FUNDAMENTAL do tratamento de COVID, bem como não tem estrutura para hemodiálise, também INDISPENSÁVEL na pandemia, e que então se criará um ambiente de pacientes em estado grave das “novas UTI”s” sendo remanejados no meio da madrugada para outras unidades… Vamos deixar esse ABSURDO em segundo plano. Vamos falar aqui de respeito com recursos públicos.

Por que alguém prefere gastar R$ 15 milhões a mais para ter o mesmo serviço? Certamente se justificarão: “Ah, mas os R$ 25 milhões aprovados na Câmara de Vereadores não serão utilizados só pras UTI’s da COVID, mas pra toda rede de saúde…” Mas aí eu pergunto: por que será que não especificaram então? Claro, não queriam que a gente comparasse. O atual prefeito tem várias brigas: com a Santa Casa, com os empresários e com diversos outros setores de vital importância para a cidade. Ele os vê como ameaças para o seguimento de sua carreira política e é aí que mora toda a VERDADE…

Gestores de esquerda estão dispostos a “fazer o diabo” pelo poder, como disse uma vez Dilma Rousseff, do PT. O que muita gente poderia se perguntar é: porque o Governo Municipal atua de maneira tão contraproducente ao boicotar a livre inciativa no caso da Santa Casa? Qual o sentido disso? Basta olhar pra história que encontraremos a resposta…

Para Stálin, Fidel Castro, Mao Tse Tung e demais seguidores da mesma ideologia do prefeito, um Estado eficiente não é o foco de suas ações, mas sim um Estado aumentado e fortalecido em SUAS MÃOS. Cada passo dado é em direção ao detrimento do protagonismo do indivíduo e das livres associações, visando obter os resultados que buscam (permanência no poder). Pátio não é centralizador, como todo mundo sabe, por mero capricho. É por receio de perder o “controle” que considera central para seus objetivos político/eleitorais. Os fins justificam os meios, contudo, sabemos que os meios usados determinam a natureza do fim. No caso, mais pobreza  e mais morte…

 

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores, não representando necessariamente a opinião editorial do Agora MT.

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