O senador Major Olímpio (PSL/SP) teve morte crebral hoje em São Paulo no hospital em que estava internado para se tratar da Covid-19. A informação foi confirmada pelo perfil oficial do parlamentar nas redes sociais. Ele estava internado desde o início do mês e na semana semana passada foi intubado após o agravamento do quadro clínico.
O senador estava exercendo seu primeiro mandato no senado, mas antes havia sido eleito duas vezes como deputado estadual e uma como deputado federal. A vaga no senado foi conquistada em 2018, quando ele recebeu nove milhões de votos e tornou-se o parlamentar mais votado da história.
Militar respeitado, chegou a presidir a Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Foi um dos aliados e primeira hora na campanha presidencial de Jair Bolsonaro, mas rompeu com o presidente já no início da atual gestão e passou a ser atacado pelos bolsonaristas.
Com um estilo polêmico, rivalizou igualmente com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e com os filhos do presidente. Cobrou a apuração rigorosa de todas as suspeitas de corrupção envolvendo familiares e assessores próximos de Jair Bolsonaro. “Eu não gosto de ladrão. Para mim, ladrão de esquerda é ladrão. De direita, é ladrão. Se for filho do presidente ladrão roubando junto com o presidente, eu vou dizer”, disse
No Congresso ganhou destaque pelo perfil conservador, pela franqueza e também pela identificação com pautas relacionadas à segurança pública.
A legislação do país determina que seja aguardado um período de 12 horas para o anúncio oficial da morte. A família pretende autorizar a doação dos órgãos do senador.
A vaga dele deverá ser ocupada pelo empresário Alexandre Luiz Giordano. O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, é o segundo suplente.