O presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis, Roni Magnani, cobrou ontem mais agilidade dos gestores da UPA de Rondonópolis na instalação de 10 leitos de UTIs e outros investimentos na unidade. Ele não descartou a possibilidade de apresentar uma denúncia criminal contra pessoas que estariam atrasando os procedimentos para aquisição de equipamentos. As declarações tiveram o apoio da vereadora Marildes Ferreira, que preside a Comissão Legislativa de Saúde.
Roni e Marildes tem acompanhado de perto a situação na UPA, que está com os leitos semi-intensivos totalmente ocupados e tem registrado uma procura crescente de pacientes contaminados pela Covid-19. O prefeito José Carlos do Pátio se comprometeu a reforçar a estrutura e implantar os leitos de UTIs, mas o processo está se arrastando devido à demora em levantamentos que devem ser feitos pelos gestores da unidade para justificar o processo de dispensas de licitação na compra dos equipamentos.
“Estão demorando uma semana para resolver coisas que podem ser feitas em um dia. Precisamos de celeridade, afinal estamos falando de salvar vidas. Se ficar comprovado que houve mortes por causa desse atraso a assessoria jurídica da Câmara representará criminalmente contra os responsáveis”, alertou Roni durante a sessão ordinária desta quarta-feira.
O presidente da Câmara explicou que além de dificultar o trabalho dos profissionais e aumentar os riscos dos pacientes, a demora pode até inviabilizar o cronograma de implantação. “Municípios de todo o país estão correndo atrás para aumentar os leitos de UTI e o número de fornecedores destes equipamentos é restrito. Não podemos admitir que birras pessoais atrapalhem o processo aqui em Rondonópolis”, alertou.
A vereadora Marildes Ferreira reforçou o alerta e disse que a situação também está impedindo a instalação de uma tubulação fixa para abastecimento de oxigênio. Hoje os leitos funcionam com respiradores de transporte, que são considerados inadequados para situação de urgência e com grande demanda.
“Essa tubulação já está fazendo falta e é também essencial para a implantação dos leitos de UTI. A Câmara vai autorizar a dispensa de licitação, mas os levantamentos e a documentação devem ser feitas pelos gestores da UPA. Estamos cobrando e não vamos nos omitir. Quem falhar será responsabilizado”, disse Marildes.