Mindful eating nada mais é do que dedicar atenção plena a alimentação. Ao praticar, você para de se alimentar no piloto automático e adquire uma relação mais saudável com a comida.
De acordo com Luiza Bittencourt, instrutora de Mindful Eating pelo Protocolo Eat For Life, existem nove tipos de fome que são despertadas a partir de certos gatilhos. Veja quais são elas:
Fome de Ouvido: Pacote abrindo, pipoca estourando. Perceba os sons de cada alimento e note quais sons te atraem, observando como isso influencia suas escolhas.
Fome do Tato: A primeira exploração é feita com as mãos, como uma criança aprendendo a comer. Sentimos a temperatura, a consistência do alimento. Percebemos se a fruta está madura e notamos que algumas comidas são mais gostosas se comemos com as mãos (petiscos, pizza, sanduíches, etc.).Toque, manuseie a comida e perceba quais toques te atraem e quais causam aversão.
Fome Celular: Comer o que o corpo está de fato pedindo, o que ele precisa. Quando não damos atenção a essa fome, podemos sentir cansaço, dores de cabeça, tontura e irritação. Perceba os sinais de fome no corpo, o que ele está dizendo e respeite essa sabedoria interna, pense no que te faz bem. Exemplo: se estou com azia, devo tomar café depois do almoço?
Fome dos olhos: A visão tem uma enorme influência no que comemos. Mesmo já satisfeitos, pedimos uma sobremesa se ela está nos chamando a atenção. Aqui, também somos muito influenciados pela TV e redes sociais.
Fome do nariz: Note aromas, cheiros e fragrâncias. Aromas agradáveis despertam essa fome, que possui conexão com memórias afetivas. Perceba quais aromas de alimentos te atraem, leve a comida ate o nariz antes de colocá-la na boca e repare como seu corpo responde.
Fome do estômago: Quais são os sinais de fome e de saciedade? O tamanho do nosso estômago pode variar de 50 ML até 4L, e nos satisfazemos entre 1L/ 1,5L. Fazer o check in da sua fome: antes de comer, no meio da refeição e ao final, pode ajudar aqui. Como o cérebro leva 20 minutos para registrar a saciedade, é importante comer devagar para não passar do limite.
Fome da boca: Observe texturas e sabores, perceba a salivação, a mastigação e os movimentos da língua. Muitas vezes repetimos o prato porque não sentimos o gosto do primeiro direito. Isso ocorre por estarmos sempre correndo ao comer e desatentos no momento das refeições.
Fome da mente: Essa fome é baseada em nossos pensamentos e no que ouvimos no dia a dia. Regras de dietas, “devo ou não devo?”, “é saudável?”, entre outras. Envolve o que acreditamos (“deveria comer menos carboidrato”, “preciso comer de 3 em 3 horas”) e também o merecimento (“hoje o dia foi difícil, mereço um doce”).
Fome do coração: O que você come para se confortar? Quais são as comidas que nutrem seu coração? Quais as emoções que estão envolvidas quando come (tristeza, ansiedade?). O comfort food não precisa ser apenas chocolate, pode ser um café, um chá quentinho, uma fatia de bolo comum, ou alguma comida da sua infância (que traz memórias afetivas).