O vereador Paulo Schuh (DC) disse hoje (16) que as restrições determinadas pelos governos estadual e municipal podem estar gerando um efeito inverso e acelerando o avanço do coronavírus em Rondonópolis. Ele também aponta que as medidas reduzindo o horário de funcionamento do comércio tem agravado a crise econômica no município.
O último decreto baixado pelo município expirou no dia 08 de março. Desde então a cidade tem seguido as orientações do decreto do Governo Estadual que proíbe as atividades no período das 19 às 05 horas durante a semana e limita o funcionamento aos sábados e domingos até o meio dia. Estão fora das restrições as atividades consideradas essenciais.
“Sou contra fechamento no fim de semana e penso que deveríamos ampliar os horários de funcionamento de supermercados para evitar aglomerações. O mesmo se aplica ao comércio. Acho que todo mundo tem conta para pagar o que torna todo trabalho essencial”, defende Paulo Schuh.
O vereador avalia que, ao invés de proibir ou limitar o funcionamento de estabelecimentos comerciais, o Poder Público deve centrar as exigências na restrição ao número de atendimentos e no cumprimento de medidas como o distanciamento e o uso de máscaras e álcool gel.
Ele afirmou ainda que tem verificado aglomerações constantes em bares e lanchonetes nos finais de tarde e também aos finais de semana e acredita que isso poderia ser evitando com uma ampliação no horário de funcionamento destes estabelecimentos.
Paulo Schuh alega que ao mesmo tempo em que as medidas dificultam a situação de comerciantes, o próprio Poder Público tem promovido aglomerações com a falta de planejamento no programa de vacinação.
“Minha mãe tem 76 anos e fui leva-la hoje para se vacinar no ESF do Jardim Atlântico. Estava lotado, uma situação de extremo risco para todos. Não faz sentido o município fechar o comércio com o pretexto de evitar aglomerações e ao mesmo tempo criar uma situação assim em suas unidades de Saúde”.
Governo Federal
Apesar de criticar a conduta dos governos estadual e municipal, Paulo Schuh poupa o Governo Federal. Para ele a escassez de vacinas no país é um problema mundial e não pode ser atribuída a falhas do Ministério da Saúde. “É um problema geral. Os governos estão comprando, mas os laboratórios não estão dando conta de produzir vacinas em número suficiente”.
O vereador também manifestou esperança no novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que ontem foi anunciado como substituto do general Eduardo Pazuello.
“Vamos esperar para ver se vai resolver alguma coisa. Espero que sim. Precisamos pensar que estamos no mesmo avião e temos de torcer para o avião decolar. Quando mais bater contra, pior para todos”, finalizou.