A Câmara Municipal aprovou na manhã de hoje (25) todos os projetos enviados pelo Executivo autorizando o remanejamento de dotações orçamentárias e a abertura de créditos na área da Saúde. Os recursos somam R$ 25,5 milhões e segundo a Prefeitura serão usados na abertura de novos leitos de UTI, na contratação de profissionais e também no reforço de unidades de Saúde envolvidas no enfrentamento à Covid-19 em Rondonópolis.
Houve protestos de vereadores que cobravam mais informações sobre a transferência de recursos originalmente destinados ao Consórcio Regional de Saúde da Região Sul (CORESS/MT) para uma outra Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) – que ficará encarregada de contratar médicos, técnicos e realizar atendimentos à população.
Apesar das dúvidas e críticas, os vereadores acabaram aprovando em bloco os cinco projetos de remanejamento de recursos. “Vamos aprovar porque não temos outra opção”, disse o vereador subtenente Guinâncio (PSDB) manifestando uma opinião compartilhada pelos colegas da Oposição.
“O que não tem remédio, remediado está. Mas vamos ficar de olho nesta OSCIP para saber quem é o dono e quem vai ficar com essa grana. Torço para que tudo dê certo, mas quero ressaltar nossa preocupação e alertar que se esta nova OSCIP falhar o custo será altíssimo”, resumiu.
O líder do prefeito na Câmara, Reginaldo Santos (Solidariedade), agradeceu o empenho dos vereadores que acataram a convocação extraordinária e aprovaram as matérias. “Os 21 vereadores deram um gesto de grandeza. Independente de cores partidárias, mostramos que aqui existe uma unidade em defesa de Rondonópolis”.
Sobre um eventual rompimento de Rondonópolis com o Consórcio Regional de Saúde, Reginaldo disse que a decisão cabe ao Executivo.
PRÓXIMO PASSO
Também na sessão de hoje foi aprovado o projeto que inclui o ‘Programa de Enfrentamento da Emergência Covid-19’, no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Com essas decisões o Executivo fica agora autorizado a utilizar os recursos para fazer contratações visando reforçar o combate à pandemia e ampliar a rede hospitalar para o atendimento de pessoas contaminadas pela Covid-19.
A Prefeitura ainda não informou as mudanças que serão feitas e nem os prazos para implementar as adequações autorizadas pela Câmara.