O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) afirmou que se opõe à volta as aulas somente nas escolas particulares neste momento, por entender que essa situação pode criar “castas de alunos” em Mato Grosso.
Há um intenso debate sobre o retorno das atividades não só na Assembleia Legislativa, mas na comunidade em geral.
Muitos defendem que aquelas escolas que tenham condições sanitárias e de biossegurança possam voltar as aulas presenciais, deixando o retorno nas instituições públicas para um segundo momento.
“Esse é um assunto muito polêmico. Parte quer voltar, parte não. Eu só fiz um questionamento: poderemos estar criando duas castas de alunos. Uns que são mais privilegiados e podem voltar às aulas e os que não podem”, disse Botelho.
Na visão dele, o retorno deveria ocorrer de forma conjunta somente após a vacinação contra a Covid-19, especialmente dos professores e demais profissionais da Educação.
Botelho disse também entender como plausíveis os argumentos do governador Mauro Mendes (DEM), que entende não ser o momento de retomar as atividades em meio à uma nova explosão de casos e mortes pelo novo coronavírus.
“Eu entendo que deveria ter vacinação de todos para que voltem todos. Se não, vamos ter uma diferenciação. Meu filho estuda em particular e volta. Os demais estudam na pública não voltam. Vamos ter dois níveis de estudantes em Mato Grosso”, observou.
“Vejo que é preciso aguardar um pouco mais. Estamos com profissionais de educação sem vacinar. Como voltar? Como pais mandarão os filhos para escolas em tranquilidade?”, questionou.
Nesta semana, a Assembleia aprovou – em primeira votação – o projeto que torna essencial as atividades escolares, com aval de 18 deputados.
Foram contra a proposta, além de Botelho, Lúdio Cabral (PT), Allan Kardec (PDT), Valmir Moretto (PRB), Dr. Eugênio (PSB) e Dr. Gimenez (PV).
Na segunda votação, o deputado Thiago Silva (MDB) pediu vistas e o texto deve ser analisado na próxima sessão.