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PANDEMIA

Lentidão na vacinação e fadiga social colocam mundo na 4ª onda

Contágio e óbitos seguem em tendência global de alta, após período em que os dois indicadores estavam baixando

Da Redação com R7
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A lentidão na vacinação, a fadiga da população em meio a restrições e as variantes mais contagiosas do novo coronavírus levaram o mundo à uma quarta onda da covid-19, com números que já se assemelham aos registrados na terceira, no fim de 2020, até então, a pior em casos de infecção e mortes.

Segundo números divulgados nesta quinta-feira (1º) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi ultrapassada a marca de 127 milhões de casos, enquanto a quantidade de vítimas se aproxima da marca de 2,8 milhões. Tanto o contágio quanto os óbitos seguem em tendência global de alta, após um período de esperança em meados de fevereiro, quanto os dois indicadores estavam em curva descendente.

“Temos seis semanas consecutivas de aumento de transmissão em todas as regiões. É uma tendência preocupante e séria. Há muito cansaço, e as pessoas querem que a pandemia termine, mas não estamos indo na direção certa”, afirmou a líder técnica da OMS na luta contra a covid-19, Maria Van Kerkhove.

Há várias semanas, o número de casos de infecção semanais no mundo é de mais de 600 mil, se aproximando do recorde do começo do ano, quanto superou os 800 mil. Em alguns dias recentes, além disso, foi superada a barreira de 10 mil mortes em um período de 24 horas.

Imagem: PACIENTES COM COVID Lentidão na vacinação e fadiga social colocam mundo na 4ª onda
Tanto o contágio quanto os óbitos seguem em tendência global de alta –  Foto: Reprodução

Jovens na UTI

Os especialistas da OMS destacaram ainda que, novamente, está caindo a idade média dos pacientes em estado grave, como aconteceu no meio do ano passado. Está sendo registrado aumento das pessoas entre 30 e 69 anos que precisam de atendimento de urgência.

“É frustrante que isso esteja acontecendo, porque já vivemos esta situação, a guarda baixou com o tempo, e não podemos fazer isso no momento em que a distribuição de vacinas ainda é desigual”, disse a representante da agência internacional.

A quarta onda da covid-19 ainda não supera os números da terceira, mas supera os da primeira, que perdurou de março a abril de 2020, e da segunda, no meio do ano passado, quando o a doença atingiu, principalmente, o continente americano.

A tendência negativa coincide com a chegada do feriado da Semana Santa, que deve gerar um aumento no número de casos devido ao feriado prolongado em várias regiões do mundo e dos encontros familiares, como aconteceu no último Natal.

“Todos nós sabemos o que precisa ser feito para prevenir infecções e salvar vidas, então precisamos continuar fazendo isso, fazer tudo o que pudermos para diminuir os números”, afirmou Van Kerkhove, que disse entender a existência de uma corrida contra o relógio, para vacinar o maior número de pessoas.

De acordo com balanço mais recente da OMS, foram aplicadas 600 milhões de doses, enquanto os especialistas apontam para a necessidade de que o número chegue a 10 bilhões, para que haja uma imunidade de grupo global.

Os Estados Unidos lideram o ranking de países que mais imunizaram, com 150 milhões de doses administradas, seguidos da China, com 120 milhões. Israel, por sua vez, tem a maior taxa de habitantes vacinados, já que levou imunização, ao menos com uma dose, à 60% da população, ficando a frente do Reino Unido, com 45%, e do Chile, com 35%.

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