O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que Mato Grosso figura hoje na pior colocação no ranking que mede os níveis de isolamento social no País.
O alerta foi feito na manhã desta segunda-feira (24), quando o gestor voltou a citar a iminência de uma terceira onda da Covid-19 no Estado.
“Hoje, o nosso nível de isolamento social é o menor do país, em torno de 29%. Não há taxa pior no Brasil que a de Mato Grosso”, disse Gilberto.
“Temos alguns eventos nesse momento que nos levam a acreditar numa possibilidade de ampliação de casos aliado a uma flexibilidade no comportamento da população que parece se comportar como se não mais existisse a pandemia”, emendou.
O secretário alertou que, após alguns dias de baixa nos números de casos e mortes pela doença, Mato Grosso voltou a apresentar números alarmantes da pandemia.
Outro fator que enseja preocupação, conforme ele, diz respeito à ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à pacientes com o vírus, que também vinham em queda, mas voltaram a apresentar alta.
“Temos em Mato Grosso um período de estabilidade alta, desconfortável. Não afirmar efetivamente [que já estamos na terceira onda], mas algumas condicionantes indicativas apontam para isso”, explicou.
“Um exemplo já claramente identificado em nossos boletins é o aumento da taxa ocupação de leitos UTI, que são indicadores muito importantes pra nós. E que o alerta máximo acende. Chegamos, na segunda onda, a um nível de curva descendente em que tivemos 74% de ocupação. Ontem já chegamos a 86%, percentual que começa a trazer preocupação”, acrescentou.
Ainda segundo o secretário, neste cenário, a população terá que conviver com as oscilações – as referidas ondas – e torcer para que o programa de imunização acelere e busque a chamada imunidade de rebanho.