Nove governadores e um ex-governador serão convocados para explicar à ‘CPI da Covid’ no Senado como aplicaram os recursos destinados pelo Governo Federal ao enfrentamento da pandemia em seus estados. A decisão foi tomada na manhã de hoje (26) na primeira reunião secreta da CPI, em Brasília. Os senadores também aprovaram o requerimento para uma nova convocação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e do atual ministro, Marcelo Queiroga.
Foram convocados os governadores Ibaneis Rocha (DF), Mauro Carlesse (TO), Carlos Moises (SC), Antonio Oliverio Garcia de Almeida (RR), Waldez Góes (AP), Wellington Dias (PI), Wilson Lima (AM) , Helder Barbalho (PA) e Marcos José Rocha dos Santos (RO). Também foi convocado o ex-governador do Rio Wilson Witzel.
Conforme o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, primeiro serão convocados os governadores de estados em que houve operações da Polícia Federal envolvendo suspeitas de irregularidades.
Já a reconvocação do ex-ministro Eduardo Pazuello era cogitada desde o fim de semana. Os senadores querem que ele esclareça pontos conflitantes do primeiro depoimento à CPI. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) chegou a apresentar uma lista de 14 mentiras teriam sido ditas pelo ex-ministro.
Pazuello prestou depoimento por dois dias, 19 e 20 de maio, e estava protegido por um habeas corpus que garantia o direito ao silêncio e também impedia que fosse preso caso mentisse aos senadores. Desta vez a expectativa é que o STF não conceda ao ex-ministro a mesma imunidade.
“O que se espera é que o Supremo Tribunal Federal não dê essa proteção para que as pessoas venham para a CPI sabendo que não serão penalizadas”, afirmou ao chegar para a sessão desta quarta-feira o senador Otto Alencar (PSD-BA).
A comissão também aprovou a convocação de Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República.