O vereador por Cuiabá, Marcos Paccola (Cidadania), afirmou que uma eventual má condução dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar os medicamentos vencidos na Capital pode “afundar” politicamente os vereadores que estiverem a frente dos trabalhos.
O requerimento pedindo a instalação da comissão foi apresentado pelo vereador Lilo Pinheiro (PDT), após membros de oposição terem feito uma fiscalização que resultou na descoberta dos remédios vencidos.
O caso já está sendo investigado também pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).
“Existem vários órgãos que já estão fazendo a investigação. Então, a CPI tem uma responsabilidade gigantesca. O [resultado] não pode ser muito diferente do que está sendo apurado pelos órgãos, não pode estar na contramão”, disse Paccola.
“Os órgãos de controle vão dar suporte e a CPI terá que ficar atenta para não ir na contramão [das investigações], caso contrário, não só a CPI vai afundar como também o presidente, o membro e relator vão se afundar junto a ela”, emendou.
CPI
A CPI foi proposta para apurar a aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos e insumos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
A presidência, automaticamente, fica sob responsabilidade do autor do requerimento, vereador Lilo Pinheiro.
A relatoria e a função de membro ficam a cargo dos vereadores das maiores bancadas partidárias da Câmara que tenham assinado o documento. Neste caso, PV e Cidadania (com três representantes cada).
Ainda não há uma definição sobre essas funções.