Natal, Brasilia, Cuiabá, Recife, Manaus e Rio de Janeiro.
Estas são as cidades que a CBF ofereceu para sediar a Copa América no Brasil.
O critério foi priorizar lugares sem clubes na Série A. Com exceção do Recife, com o Sport. E, o Rio de Janeiro, só foi escolhido para a final.
Enquanto há enorme indignação em boa parte do país, por sediar a competição, no auge da pandemia, surgia uma questão importante.
A autorização que o Superior Tribunal Federal deu a prefeitos e governadores, em relação às suas cidades e estados, devido à pandemia, segue valendo.
Ou seja, se os prefeitos de Natal, Brasilia, Cuiabá, Recife, Manaus e Rio de Janeiro decidirem impedir partidas de futebol nas suas cidades, alegando o descontrole da Covid-19, os jogos da Copa América não acontecerão nessas sedes.
Suas decisões estão acima das determinações do governo federal e, óbvio, da Conmebol e da CBF.
E foi o que fez o governador de Pernambuco. Paulo Câmara assumiu que não quer jogos da competição sul-americana no seu estado.
“O Governo de Pernambuco monitora, de forma permanente, por meio do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19, os indicadores da doença no estado. Nas últimas semanas, foi identificada uma nova aceleração dos casos, que motivou novas medidas restritivas no Agreste e na Região Metropolitana.
Apesar de ainda não ter sido procurado oficialmente pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Governo do Estado reforça que o atual cenário epidemiológico não permite a realização de evento do porte da Copa América no território de Pernambuco.”
A CBF não levava isso em consideração.
Pernambuco tem o direito de dizer não.
E Recife deve ser substituída, para não haver o impasse.
A entidade também não se importa com a rejeição.
Segue o mesmo critério dos jogos do Brasileiro, da Libertadores, dos Estaduais, da Copa do Brasil, da Sul-Americana.
Jogos sem público e ponto final.
O Brasil tem a média de 1.836 mortos por dia, por Covid.
São mais de 462 mil mortos pela pandemia.
Colômbia e Argentina recusaram a Copa América.
Sondado, o Chile também não quis.
Para preservar suas populações atingidas pela pandemia.
Alas inteiras de hospitais ficarão à disposição da Conmebol.
Enquanto milhares de pessoas esperam vagas na UTI.
Elogiável e legal a atitude do governador de Pernambuco.
Paulo Câmara sabe de sua autonomia para dizer ‘não’…