A sessão on line da Câmara de Cuiabá desta quinta-feira (13) foi marcada por um clima tenso entre alguns parlamentares. O embate teve como estopim a apresentação de uma moção de aplausos à Polícia Civil do Rio de Janeiro, em razão da operação realizada no morro do Jacarezinho, na última passada.
A ação resultou em 28 mortes — 27 criminosos, segundo a polícia – e um agente da Delegacia de Combate às Drogas.
A proposta partiu do vereador Kássio Coelho (Patriota) e acabou sendo aprovada com 12 votos favoráveis, três contrários e uma abstenção.
Além de Edna, se manifestaram contra, a vereadora Maysa Leão (Cidadania) e Mário Nadaf (PV).
“Querem transformar policiais em assassinos em nome do Estado. Isso é nojento”, disparou a vereadora Edna, que ainda classificou a Câmara como “Casa dos Horrores” – pecha que o Legislativo cuiabano carrega há alguns anos.
“A maioria dos policiais são pretos e pardos que têm no concurso uma forma de melhorar sua vida. E vocês querem transformar essas pessoas em assassinas para matar gente preta e pobre. Policiais não são contratados para matar, policial não é assassino, é pai, é mãe, irmão, são pessoas. Eu não sou fascista e não apoio uma polícia que mata porque polícia para matar é milícia, não polícia”, emendou a vereadora.
Autor do requerimento, o vereador Kássio Coelho afirmou que a ação policial “foi uma medida calcada na legalidade e no espírito de manutenção das normas constitucionais uma vez dominada aquela população por indivíduos nocivos à normalização da sociedade que, através de meios escusos e criminosos impunham verdadeiro terror aquela Comunidade, sujeitando-os às regras inadmissíveis num Estado Democrático de Direito”.