O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa que pede a liberação de público nos estádios. A entrada ficaria condicionada até 35% da capacidade das praças esportivas.
O texto tramitará na Casa em regime de urgência urgentíssima e tem previsão de passar em primeira e segunda votação já na sessão matutina de quarta-feira (30).
Ainda segundo Botelho, ao menos neste primeiro momento, seria permitida a entrada nos estádios daqueles torcedores que já foram vacinados contra a Covid-19 ou que apresentem teste negativo para o vírus feito até 48 horas antes da partida a ser assistida.
“O mundo inteiro está permitindo a entrada de pessoas vacinadas. Também estamos colocando aqui que seja permitido até 35% para pessoas vacinadas ou que apresentem atestado de Covid. É uma maneira de começarmos atrair público, principalmente aos jogos do Cuiabá, que está na série A”, disse o deputado.
Apesar da propositura, a liberação ou não de torcedores compete à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“Se fizermos aqui esse pontapé, é um começo para iniciar a discussão”, pontuou Botelho.
Na justificativa do projeto, o deputado também citou que, desde o início da pandemia, os times de futebol amargam com perdas de receitas sem a comercialização de ingressos e o chamado “matchday” (ganhos com camarotes e cadeiras cativas, além da venda de alimentos e bebidas no dia de jogo).
“Abrir os portões é importante para minimizar o prejuízo dos clubes, que se repetirá em 2021”, disse.
O texto cita, ainda, que o percentual de 35% de capacidade poderá ser ampliado mais adiante, a depender da variação da curva epidemiológica da doença, da taxa de ocupação de leitos clínicos e leitos de UTI e a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde local e regional.
“A abertura deverá ocorrer mediante protocolos que devem ser estabelecidos com o objetivo principal de zelar pela saúde física e mental, assim como o bem-estar de todos. As medidas de segurança serão determinadas localmente entre os times de futebol e a administração local, envolvendo os setores de segurança pública, saúde e outros necessários para sua implementação e fiscalização”, acrescenta o texto.