O Comitê Gestor de Crise vai se reunir na tarde hoje (1º) para avaliar o avanço da pandemia e as restrições impostas à circulação de pessoas e também ao funcionamento de atividades comerciais no município. Apesar de haver uma movimentação pela flexibilização das normas, o mais provável e que o Comitê mantenha as limitações ou até amplie as medidas, decretando o lockdown – com a paralisação de todas as atividades que não são consideradas essenciais.
Fontes ouvidas pela reportagem disseram que a hipótese do lockdown ganhou força nos últimos dias devido ao aumento de novos casos e ao colapso na rede hospitalar.
“Infelizmente a situação piorou e não há como negar isso. Precisaremos adotar medidas urgentes para conter essa nova onda e salvar vidas. É uma decisão difícil, mas defenderemos hoje a decretação do lockdown”, disse um integrante do Comitê que pediu para não ser identificado.
A defesa pelo endurecimento das restrições se apoia nos dados oficiais sobre o avanço da Covid-19. Apesar de ter dobrado o número de UTIs nos últimos meses, há dois dias Rondonópolis registra ocupação total dos 60 leitos públicos e também dos ofertados na rede particular – com fila de espera por vagas.
Da terça-feira passada (25/05), data da última reunião do Comitê, até ontem (31) foram registrados mais de 700 novos casos e 12 óbitos – dois deles nas últimas 24 horas. O município contabiliza agora 1.318 casos ativos, dos quais 1.206 se recuperam em casa e 112 estão internados em enfermarias ou UTIs.
A decisão final sobre as restrições caberá ao prefeito José Carlos do Pátio (SD), que tem recebido pressões pela flexibilização das normas. Ele só deverá se pronunciar após a reunião do Comitê, mas na semana passada já havia alertado que poderia decretar o lockdown se não houvesse melhora nos indicadores.
A Prefeitura de Rondonópolis ainda não informou o horário da reunião do Comitê de Crise, mas tudo indica que ela acontecerá no fim da tarde e o novo decreto deve ser publicado ainda hoje.