A decisão dos brasileiros de aderir à vacina para se prevenirem contra a Covid-19 atingiu nível recorde. É o que aponta pesquisa realizada pelo instituto Datafolha e divulgada hoje pelo jornal ‘Folha de São Paulo’, ouvindo 2.074 pessoas em todo país. 94% disseram que se vacinaram ou pretendem vacinar.
O levantamento foi realizado de forma presencial com pessoas de 16 anos ou mais em 146 cidades do país nos dias 7 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Do total de entrevistados apenas 5% afirmam que não foram nem pretendem ser imunizados e 1% responde que não sabe.
O aumento do interesse pelas vacinas ocorre a despeito dos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro aos imunizantes e outras medidas preventivas. A adesão às vacinas atingiu o ponto mais baixo em dezembro do ano passado, quando o país registrava 180 mil mortes pela doença —hoje já são mais de 534 mil.
Naquele momento, quando as primeiras doses já eram aplicadas no Reino Unido, 23% dos entrevistados pelo Datafolha diziam não ter intenção de se imunizar, e metade afirmava que não tomaria vacina da China, país de origem da Sinovac, empresa parceira do Instituto Butantan na produção da Coronavac.
Desde janeiro, porém, quando a enfermeira Mônica Calazans se tornou a primeira brasileira protegida contra a Covid-19, justamente com uma dose do que os bolsonaristas chamam de “vacina chinesa”, a aceitação das vacinas só cresce.