O delegado de polícia Flavio Stringueta admitiu publicamente ontem (05) o que quase todo mundo já imaginava no privado: Ele pretende disputar as eleições no ano que vem. Quem acompanha a política já viu esse ‘Modus Operandi’ sendo repetido várias vezes nas últimas eleições. E quase sempre com um desfecho trágico.
Em Mato Groso tivemos dois casos notórios. O ex-governador Pedro Taques e a ex-senadora Selma Arruda. Taques usou o cargo de Procurador da República como trampolim para ganhar notoriedade e turbinar uma carreira política meteórica. Selma fez o mesmo como juíza echegou ao Senado com uma votação surpreendente, impulsionada ainda pela ‘onda bolsonarista’.
Taques e Selma aproveitaram os cargos que tinham para se apresentar como ‘paladinos da moralidade’. Convenceram muita gente, mas não por por muito tempo. A história terminou por demonstrar que não era bem assim.
Taques terminou a gestão como governador de forma melancólica, cercado por denúncias de todos os tipos. Selma nem concluiu o mandato. Foi cassada por ‘Caixa 2’ eleitoral.
Em termos nacionais o caso de maior destaque é o do ex-juiz Wilson Witzel, que venceu a eleição para o Governo do Rio de Janeiro e acabou também cassado no início do mandato . Caiu em desgraça após ter o nome envolvido em um mega esquema de corrupção.
É cedo para dizer se Stringueta conseguirá um destino melhor que seus ‘antecessores’. Mas a trilha escolhida por ele não é novidade e, por isso mesmo, sua candidatura já nasce envelhecida.
De novo mesmo, nem as promessas.