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Estudo avalia risco da segunda dose em quem teve alergia à primeira

Alergistas sugerem que é seguro completar esquema com vacina de RNA, como Pfizer, mesmo após reações alérgicas na 1ª dose

Da Redação com R7
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Anafilaxia – alergia que pode ser fatal após contato com uma substância -, coceira e vermelhidão foram algumas reações alérgicas relatadas após a vacinação contra a Covid-19 com imunizantes produzidos a partir de RNA mensageiro, como a Pfizer, aplicada no Brasil, e a Moderna, que não faz parte do Plano Nacional de Imunizações.

Preocupados com a cobertura do esquema vacinal da população, alergistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, tranquilizam os vacinados com a primeira dose desses imunizantes e indicam a segunda aplicação.

Os médicos chegaram a essa conclusão após analisarem dados de pacientes que procuraram cuidados de um alergista após reação à primeira dose da vacina de RNA em outros três hospitais. Além da própria instituição, registros do Vanderbilt University Medical Center, University of Texas Southwestern Medical Center, Yale School of Medicine foram estudados.

Dos 189 pacientes que tiveram reações alérgicas, 32 (17%) sofreram anafilaxia após a primeira dose e não voltaram para a segunda dose e os outros 159 (84%) completaram o esquema vacinal. Todos os 159 vacinados, incluindo 19 pessoas que apresentaram anafilaxia após a primeira dose, toleraram a segunda dose. Desses, 32 pacientes (20%) relataram sintomas imediatos e potencialmente alérgicos associados à segunda dose. Porém, as reações foram leves e resolvidas com antialérgicos.

A médica Kimberly G. Blumenthal, diretora do Programa de Epidemiologia Clínica da Divisão de Reumatologia, Alergia e Imunologia do hospital de Massachusetts ressaltou que os resultados são animadores.

“Um ponto importante deste estudo é que essas reações de vacina de RNA, que começam imediatamente após a aplicação podem não ser mecanicamente causadas por alergia clássica, chamada de hipersensibilidade imediata ou hipersensibilidade mediada por Ig-E (um anticorpo presente no sangue). Para a alergia clássica, a reexposição ao alérgeno causaria os mesmos sintomas ou até piores”, explicou uma das autoras do estudo.

Na conclusão da pesquisa, que foi publicada na edição deste mês da revista médica JAMA Internal Medicine, os médicos sugerem que é seguro para a maioria das pessoas receber uma segunda dose da vacina feita a partir de RNA. “Após as primeiras reações à dose, os especialistas em alergia podem ser úteis para ajudar a orientar as avaliações de risco e benefício da imunização para auxiliar na conclusão de uma vacinação segura”, diz Aleena Banerji, coautora do estudo e diretora clínica da Unidade de Alergia e Imunologia Clínica do Hospital Geral de Massachusetts.

 

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