O governador Mauro Mendes (DEM) classificou como “lamentável” as cenas que acabaram repercutindo na imprensa nacional e que mostram dezenas de pessoas na fila de um açougue no bairro CPA 2, em Cuiabá.
Em dias determinados da semana, elas vão até o local para conseguir pedaços de ossos doados pelo estabelecimento.
Os “ossinhos” são restos do processo de desossa do boi e têm sido a refeição de diversas famílias carentes da Capital.
“É lamentável, mas o Governo está fazendo na área social aquilo que talvez nunca foi feito em Mato Grosso: um grande número de distribuição de cestas básicas, estamos com programa Ser Família Emergencial – que estamos prorrogando agora até o final do ano que vem. Então, o Governo está fazendo a sua parte”, disse o governador.
As declarações foram dadas por ele na segunda-feira (19), após ser questionado pela imprensa sobre a situação.
“Agora, cenas como essa de distribuição de qualquer coisa, de alimentos no Brasil, tem o tempo todo. É lamentável. Temos pessoas que precisam sim, e o Governo está fazendo a sua parte, distribuindo cesta básica e fazendo transferência de renda, como nunca na história de Mato Grosso foi feita”, emendou.
Perguntado se, em razão de episódios como esse, não caberia ao Estado fazer um pouco mais pelo social, Mendes disse que já vem fazendo.
Para tanto, fez alusão ao fato de o Estado ter ampliado de três para cinco meses a transferência de renda no valor de R$ 150 a famílias em situação de vulnerabilidade no Estado.
“Além disso, mandamos para Assembleia Legislativa uma alteração da lei e o auxílio seguirá até o final de 2022. Muito mais que inicialmente era previsto, que era três meses”, concluiu Mendes.
A alteração a qual ele fez referência é que, a partir de outubro, serão pagos R$ 200 reais às famílias, a cada dois meses, até dezembro do ano que vem.
Conforme dados do próprio Governo, estima-se que há mais de 130 mil famílias em Mato Grosso vivendo abaixo da linha da pobreza.