O presidente Jair Bolsonaro voltou a insinuar hoje (28) que pode não aceitar a derrota eleitoral no ano que vem e, em novo episódio da crise institucional, ameaçou não acatar o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o chamado ‘marco temporal’ para a demarcação de terras indígenas. As declarações foram feitas durante culto em uma igreja evangélica em Goiânia (GO).
“Temos um presidente que não deseja nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso”, disse aos evangélicos.
Falando sobre as eleições do ano que vem Bolsonaro apontou apenas três alternativas possíveis, e excluiu a possibilidade de derrota. “Estar preso, ser morto ou a vitória”, declarou ao reafirmar que ‘só Deus’ o tira da cadeira de presidente.
Ainda em Goiânia, em reunião com políticos locais, ele falou sobre a atuação do STF. Disse que acompanha o julgamento sobre a demarcação de terra indígenas e sugeriu que pode não aceitar a decisão dos ministros.
“Se aprovado (o marco legal), tenho duas opções. Não vou dizer agora, mas já está decidida a nossa posição. É aquela que interessa ao povo brasileiro”.