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Covid nossa de cada dia

Sirlei Theis é advogada, palestrante e com formação em Coaching com Psicodrama, Treinamento Comportamental, Constelação Familiar e às sextas-feiras escreve para coluna Agora Mulher

Por Sirlei Theis
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Imagem: Covid nossa de cada dia
Sirlei Theis – Foto: Divulgação

Moro num prédio de 3 torres. Nos elevadores placas indicam que o uso de máscara é obrigatório, ainda assim é comum encontrar pessoas que teimam em usar o elevador, mas a máscara não.

Próximo de minha casa tem uma conveniência que vive lotada e entre os muitos frequentadores é comum encontrar pessoas que também teimam em não usar máscara.

Um grande supermercado de nossa cidade dia desses relaxou, não tinha ninguém na porta aferindo a temperatura ou distribuindo álcool em gel.

Vou ficar apenas nestes três exemplos, mas você leitor com certeza pode estender esta lista ao infinito.

Estamos em plena pandemia, mas algumas pessoas se comportam como se nada estivesse acontecendo, ou pior, como se a pandemia tivesse acabado.

Enquanto isso as internações não param, novos casos surgem a todo instante e pessoas continuam perdendo a batalha para o vírus que teima em se transmutar a cada dia nos ofertando a variante Delta como um presságio para uma quarta onda deste devastador momento pelo qual passa a humanidade.

A vacina é o grande alento para tudo. Podem argumentar que não foram devidamente e nem exaustivamente testadas, que possuem o chip da besta, que vão matar a longo prazo, mas no momento é a nossa única e segura saída.

Uma doença que mata de forma cruel e desumana. Sem ar, sem ninguém por perto, sem velório, sem despedida, apenas um adeus cheio de incertezas dado na porta do hospital. Um último olhar, uma última conversa, tudo muito rápido.

Enquanto isso o que temos é isso, insensíveis seguros de si a não usar máscara, álcool em gel que falta em muitos lugares, distanciamento social zero em outros.

Até quando vamos conviver com isso? Quanto tempo mais teremos que aceitar o comportamento insano daqueles que não se compadecem com a dor daqueles que já perderam pessoas queridas e daqueles que estão a perder?

Aos negacionistas ainda de plantão, vociferando contra a ciência e pedindo cloroquina e outros remédios mais.

Enquanto 100% das pessoas não estiverem vacinadas, nada ou muito pouco poderemos fazer contra esse vírus. Talvez a quarta onde de fato chegue e nesta loteria da morte qualquer um a qualquer tempo poderá ser sorteado e fará parte das estatísticas.

Já perdi amigos próximos, um primo, pessoas que conhecia apenas pelas redes sociais  e sei que não sou a única.

Muitas histórias lindas de vida deixaram de ser escritas nesta pandemia. Muitos sonhos foram interrompidos. Muitas famílias vivem o luto.

A cada um de nós resta a luta pela vida. Use máscara, álcool em gel, pratique o distanciamento social e ore, reze, clame, busque a Deus.

A pandemia veio mesmo para nos mostrar que nada e o quão frágeis somos, de resto nos restou a fé e a esperança de que em algum momento de fato tudo isso vai passar, até lá não temos outra alternativa a não ser fazer a nossa parte.

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