Diversas centrais sindicais e entidades que representam trabalhadores do serviço público e privado se mobilizam, nesta quarta-feira (18), contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, a chamada Reforma Administrativa, encaminhada pelo governo Bolsonaro. Em Rondonópolis vários trabalhadores se reuniram em manifesto.
“Estamos nas ruas denunciando os efeitos da reforma. Não a PEC-32!! que hoje caminha em passos largos no Congresso Nacional. Ela destrói o serviço público, uma vez que desautoriza a realização do concurso público, quebra a estabilidade do servidor e acaba com a carreira, prejudicando ainda mais a qualidade da prestação dos serviços” explica o trabalhador João Eudes.
O manifesto une servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal. Algumas categorias de trabalhadores do setor privado também anunciam atividades de mobilização contra a aprovação da PEC 32, como é o caso dos metalúrgicos e dos bancários.
“A PEC-32 é um ataque violento ao funcionalismo público e ao cidadão em geral. Ela prevê o fim da estabilidade. A estabilidade não é privilegio, ela é garantia de cidadania, ela é garantia de que o servidor poderá agir dentro do processo democrático, sem risco de perseguição. Dentro desse grande pacote que envolve essa PEC tem todo um projeto de desconstrução da Constituição de 1988, ela retira dezenas de artigos e inclui artigos novos que avança contra a carreira, contra a estabilidade, contra os direitos historicamente construídos por meio de luta social, por meio de um processo de valorização do trabalhador e trabalhadora. Nesse sentido a luta hoje é a luta em defesa da classe trabalhadora” desabafa a funcionária da UFR, Bia Oliveira.
A Reforma Administrativa tramita atualmente na Câmara dos Deputados e pode ser votada até o final deste mês na comissão especial que discute o tema.
A mobilização dos trabalhadores quer derrotar o projeto ainda na comissão.