A vereadora Marildes Ferreira (PSB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, usou a sessão ordinária desta semana para denunciar a situação vivida por pacientes que dependem de atendimentos no Hospital Regional de Rondonópolis. Ela disse que a demora, principalmente das cirurgias ortopédicas, tem causado tragédias irreversíveis e muito sofrimento.
“Quero dizer que isso não é culpa dos médicos ou dos enfermeiros, e sim de um sistema de saúde que está sendo feito no Regional e simplesmente não funciona”, disse a vereadora.
Marildes revelou que casos de pessoas que ficam meses na fila para uma cirurgia e, quando chega a hora de fazer o procedimento, descobre que a situação está muito mais grave. “Temos casos de pessoas que esperaram meses acabaram tendo o membro amputado por causa dessa demora. É um absurdo”.
“O governador precisa ver isso. Ele não recebe os vereadores; mas, se for preciso, vamos entrar no hospital para mostrar essa realidade. Fizemos isso para resolver a situação das UTIs que estavam paradas e hoje salvam vidas”, desabafou a vereadora.
A parlamentar ainda destacou que todos os dias recebe mensagens de pessoas que estão aguardando por cirurgias ortopédicas no HR e não sabem mais a quem recorrer.
SERVIDORES
Também na sessão de ontem Marildes manifestou solidariedade aos trabalhadores que prestam serviços para a Secretaria de Saúde de Rondonópolis estão sem receber salários a 48 dias. Ela votou a favor de um requerimento pedindo cópias dos contratos e convocando representantes da Prefeitura para explicar o problema.
Ela também não descartou a possibilidade de ir até a sede da empresa, em Cuiabá, para pedir uma solução rápida. “Eu fico até com vergonha de ver isso, pessoas trabalhando com empenho em hospitais e escolas e sem receber”, lamentou.
A vereadora, que é servidora pública aposentada, também se manifestou sobre o Dia Nacional de Protestos contra a PEC 32, que estabelece os parâmetros da chamada ‘Reforma Administrativa’.
“A PEC 32 será a derrocada do servidor público; teremos todos os nosso direitos usurpados e cassados; ela vai destruir a carreira do servidor público, pois retira férias, 13 º e licença prêmio. O que me deixa ainda mais indignada é que ficarão de fora, militares e todo o judiciário. Vão manter os privilégios de algumas classes e cassar os direitos de outros trabalhadores”, resumiu.
(com informações da Assessoria)