A Câmara Municipal de Rondonópolis deve ter hoje (04) mais uma sessão tensa devido a proposta de antecipação da eleição da Mesa Diretora. O assunto gerou bate-boca ontem e vários vereadores acusaram o presidente em exercício, Roni Cardoso (PSD), de agir de forma autoritária por ignorar deliberações tomadas na semana passada – quando foi aprovado o regime de urgência e derrubada uma emenda ao projeto apresentada pelo próprio Cardoso.
O projeto, que tem o apoio de 14 vereadores, não foi incluído na pauta de votações de hoje. Além disso, durante a reunião da ordem do dia ontem Roni Cardoso disse considerar que a emenda proposta por ele continua válida – mesmo tendo sido recusada pelo plenário.
“Como há dúvidas pedi um parecer da nossa procuradoria jurídica. Se a resposta chegar a tempo poderemos votar o projeto nesta quarta-feira. Do contrário ficará para a semana que vem”, afirmou Roni Cardoso, que assumiu a presidência temporariamente em virtude do licenciamento do titular, Roni Magnani (SD).
Vários vereadores criticaram o posicionamento do presidente em exercício. Consideram que está havendo abuso de autoridade e já cogitam pedir a destituição de Roni da presidência. A medida foi sugerida por Reginaldo Santos (SD) e pode ir a votação hoje.
“Os vereadores votaram e o plenário é soberano. O senhor não está cumprindo o regimento dessa Casa. Pode demorar uma semana ou dois meses, mas a mentira não vai vencer”, disse Reginaldo referindo se a Roni Cardoso.
Reginaldo sustenta o pedido de destituição invocando o artigo 41 do Regimento Interno, que prevê a destituição de membros da mesa que forem considerados faltosos, omissos, ineficientes ou cujas ações ‘exorbitem das atribuições conferidas pelo regimento’.
Reginaldo também reiterou que a discussão sobre a antecipação da mesa Diretora é um assunto interno e não um movimento de oposição ao Executivo. “Não será através de bravatas e manobras que vão envenenar a relação desta casa com o prefeito”, destacou.
OUTROS PROJETOS
Na pauta de votações da sessão de hoje está prevista a votação de vários projetos de autoria do Poder Executivo, entre eles o que cria o Comitê de Municipal de Gestão do Fogo e a autorização de crédito suplementar de R$ 1,2 milhões para o Serv Saúde.
Os vereadores também devem analisar vetos do prefeito a projetos aprovados na Casa, incluindo o que obriga a colocação de placas indicativas com informações sobre valores pagos em imóveis alugados pela Prefeitura.
Também estão na pauta requerimentos apresentados pelos vereadores Investigador Gerson e Kalynka Meireles cobrando um relatório detalhado sobre as obras públicas paralisadas no município.