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Situação do presidente da Aprosoja pode prejudicar sojicultores

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Imagem: Antonio Galvan presidente da Aprosoja
Antonio Galvan, presidente da Aprosoja, é investigado sob acusação de financiar atos antidemocráticos – Foto: Welington Sabino / AGORA MATO GROSSO

Apesar dos avisos reiterados, o pior aconteceu. A PF cumpriu hoje (20) mandado de busca e apreensão contra o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, e quem é da área afirma que isso terá repercussões que vão além dos aspectos jurídicos ou da política interna.

A avaliação é que a notícia já correu o mundo e dará combustível aos concorrentes da soja brasileira. Como se sabe, este é um mercado altamente competitivo e que costuma usar também as questões ambientais, sociais, legais e políticas como armas para promover seus produtos ou desqualificar a concorrência.

Não bastasse ter de provar que a produção nacional ocorre com respeito ao meio ambiente e às legislações trabalhistas, nossos sojicultores agora terão de enfrentar também as acusações de estimular atos contra a democracia e a liberdade – do povo e das instituições.

Lideranças do agronegócio que há tempos vinham criticando o uso político da Aprosoja agora tentam explicar ao mundo que a conduta de Antonio Galvan tem caráter individual e não reflete o pensamento do conjunto dos sojicultores.

A tarefa não é fácil e, mesmo que seja bem sucedida, já é quase certo que haverá prejuízos no médio prazo.

O dano pode até ser menor se Galvan topar renunciar à presidência, deixando clara a separação entre a entidade e sua militância política. Resta saber se ele terá a grandeza de colocar os interesses da categoria acima das questões ideológicas.

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