A assessoria jurídica do empresário João Fernandes Zuffo enviou nota à redação repudiando a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Civil na manhã de hoje (17). Eles também negam o envolvimento do empresário no latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o advogado João Anaídes Neto e em outros crimes investigados na ‘Operação Flor do Vale’.
A polícia aponta o empresário como chefe de uma organização criminosa que teria realizado roubos em série na região, entre eles o realizado no rancho do advogado João Anaídes em Juscimeira.
Em entrevista coletiva concedida hoje, o delegado regional Thiago Damasceno também afirmou que João Zuffo foi intimado várias vezes e, por não ter comparecido, é agora considerado um foragido.
Na nota encaminhada à redação do Agora MT (veja abaixo), a assessoria Jurídica admite que um funcionário é investigado por suspeita de participação no latrocínio; porém os advogados alegam que não há elementos para justificar a inclusão de João Zuffo no rol de suspeitos.
Os advogados também acusam os investigadores de abuso de autoridade, por manterem a apreensão de um veículo e impedirem o acesso deles à investigação. O documento encerra dizendo que João Fernandes Zuffo mora há mais de 30 anos em Rondonópolis e tem reputação reconhecida pelos serviços prestados à sociedade.
Veja a seguir a íntegra da nota divulgada pelos advogados do empresário.
NOTA PÚBLICA
A assessoria jurídica do empresário João Fernandes Zuffo, da Zuffo Assessoria Contábil, em Rondonópolis (MT), vem a público repudiar a operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, na sede da empresa do Sr. João, na manhã desta sexta-feira (17), a qual consideramos arbitrária e abusiva.
Esclarecemos que um funcionário de Zuffo é investigado por suposta participação no assassinato de um advogado, em Juscimeira, em julho de 2021, e em razão disso, João Fernandes Zuffo se colocou à disposição da PJC para colaborar com as investigações.
Ocorre que, sem elementos constitutivos, o Zuffo passou a ser alvo de tal investigação, somente por ser patrão do suposto investido. De pronto, a fim de resolver tal situação de maneira célere, seus Advogados foram até a Delegacia de Polícia Civil para obterem cópia do procedimento, sendo negado pela Autoridade Polícia, caracterizando o delito descrito no artigo 32 da Nova lei de Abuso de autoridade (13.869/2019).
A cópia do procedimento somente foi fornecida 3 semanas após solicitado. Além disso, consta apreendido na Delegacia de Polícia de Juscimeira – MT, veículo de propriedade do senhor ZUFFO, veículo no qual já foi submetido a perícia e não há nenhuma necessidade de ali permanecer. Porém, como as práticas abusivas não cessam, a Autoridade Polícia, mesmo tendo um pedido de restituição formal em suas mãos, nega qualquer despacho, negando ou concedendo a restituição.
É ridículo imaginar que após mais de 60 dias do fato trágico que levou o óbito do Advogado no lago de Juscimeira, acreditar que uma diligência de Busca e apreensão resolveriam o caso em tela. Tal atitude somente serviu para manchar a imagem da pessoa que sempre se prontificou em ajudar a cooperar com as investigações e não tem participação nenhuma com o crime investigado.
Além disso, um dos Advogado de ZUFFO foi impedido de acompanhar a diligência de Busca e Apreensão.
Conforme termo juntado no próprio inquérito, uma testemunha relata a prática de Tortura psicológicas a fim de obterem “a verdade real”, é deste modo que o Estado trabalha e exerce suas funções?
Reforçamos que o empresário possui endereço físico há mais de 30 no município de Rondonópolis, tendo reputação conhecida e serviços filantrópicos prestados à comunidade.