Alvo da operação Capistrum, deflagrada na manhã desta terça-feira (19), o advogado e chefe de gabinete da prefeitura de Cuiabá, Antônio Monreal Neto, pediu o regime domiciliar para cumprir a prisão temporária imposta pela Justiça.
Neto é acusado de atrapalhar as investigações que apuram esquemas de contratações temporárias no Município como forma de atender a interesses políticos.
As investigações, que resultaram no afastamento do prefeito da Capital Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo, também apontam ilegalidades no pagamento do chamado “Prêmio Saúde”.
O pedido de Neto foi feito por sua defesa, representada pelo advogado Francisco Faiad, durante audiência de custódia no Fórum de Cuiabá e que foi comandada pela juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira.
O pedido, no entanto, será analisado pelo desembargador Marcos Machado.
Durante a audiência, Neto foi questionado se sofreu algum abuso durante sua prisão e se as prerrogativas, como conversar reservadamente com seu advogado foram respeitadas, tendo ele respondido que sim.
De acordo com a assessoria de imprensa do Poder Judiciário, a audiência foi acompanhada por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e também do Ministério Público.
“A magistrada explicou que a audiência trata apenas de averiguação se os critérios de prisão foram respeitados. Indicou que a ata da audiência de custódia será encaminhada ao desembargador Marcos Machado que assumiu o feito”, citou a assessoria.
Na ocasião, o advogado Francisco Faiad disse que fará o pedido diretamente ao desembargador.
Ele salientou, ainda, que o Centro de Custódia de Cuiabá tem três salas e que seria impossível seguir as determinações, contidas na decisão que resultou na prisão de Neto, para que ele não tenha contato com demais presos.
Ainda segundo a defesa, os agentes que cumpriram os mandados nesta manhã realizaram a apreensão do celular de Neto, além de terem realizado buscas e apreensão em sua casa.