O governador Mauro Mendes (DEM) demonstrou ter encarado como previsível o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), do comando do Palácio Alencastro, fato que se concretizou na última semana.
Por decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, o emedebista foi afastado de seu cargo, em razão de supostos esquemas operados no âmbito da Saúde da Capital.
Questionado sobre o episódio, na manhã desta segunda-feira (25), Mendes recordou o histórico de membros da administração municipal igualmente afastados por suspeitas de atos de corrupção.
“Lamento muito que Cuiabá esteja passando por essa vergonha gigante de ter um prefeito afastado. Mas, vergonha maior é ter tido sete secretários afastados. O Emanuel vinha em uma sequência de sete secretários afastados por corrupção. Não poderia dar outra: ou ele é um grande incompetente ou um grande comandante”, disparou o governador.
“Espero que isso possa se resolver rapidamente, que os culpados possam penalizados na forma da lei. E isso cabe ao MPE, à Justiça tomar essas decisões”, emendou Mendes.
As declarações foram dadas logo após uma coletiva realizada no Palácio Paiaguás.
Na ocasião, Mendes evitou dar mais declarações a respeito do assunto, sob alegação de não ter conhecimento de detalhes do processo.
Aproximação com Stopa
Ainda em conversa com a imprensa, o governador afirmou não ter qualquer tipo de ressalva em uma aproximação com o prefeito em exercício José Roberto Stopa (PV).
O governador e Emanuel são inimigos políticos, enquanto que Stopa já foi secretário de Mendes à época em que ele era prefeito da Capital.
“Eu estou aberto aos 141 prefeitos para procurar o Governo. Eu tenho um bom relacionamento com 140 prefeitos do Estado de Mato Grosso. Não há nenhum com quem eu tenha algum tipo [de problema], a não ser o daqui de Cuiabá. E os motivos estão aí claramente sendo expostos no dia-a-dia”, resumiu o governador.