Criada em 2005 para atender uma demanda antiga dos bairros da região do Nossa Senhora do Amparo, a Escola Estadual André Maggi tem data para acabar. A partir do ano que vem ela será transformada na Escola Militar Dom Pedro II, a terceira gerida pelo Corpo de Bombeiros em Mato Grosso e a primeira neste modelo em Rondonópolis.
Os detalhes desta transformação começaram a ser revelados nesta semana, numa visita feita pela Diretora Regional de Educação, Valdelice de Oliveira, e o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Vanderlei Bonotto. Eles conversaram com funcionários e representantes da comunidade. Bonotto também falou à reportagem do Agora MT.
“Teremos mais turmas no Ensino Médio e vai aumentar bastante o número de vagas. Estamos trabalhando para oferecer também as últimas séries do ensino fundamental (7º, 8º e 9º anos). Continuará sendo uma escola plena, mas agora com ênfase na prática esportiva.”, antecipou.
Os esportes definidos a princípio são o vôlei, o futsal e o karatê. Os alunos também terão parte da carga horária reservadas às aulas de xadrez e música.
MUDANÇAS
A direção da futura escola militar será exercida por um oficial nomeado pelo comandante geral da corporação, mas Bonotto afirma que os atuais alunos e também os professores da Escola André Maggi terão vagas asseguradas.
“Todos que quiserem permanecer serão bem vindos. Não há intenção de tirar qualquer aluno ou professor, o objetivo é que ele continuem conosco na escola Dom Pedro II”.
Conforme Bonotto a organização da escola seguirá o disposto na Lei Estadual 11.273/2020 e as mudanças foram dialogadas com a comunidade escolar. “Essa discussão vem ocorrendo há muito tempo, com a Seduc, com a DRE, com os professores e com a comunidade. Tudo dentro de um contexto muito amplo”.
O tenente-coronel frisou ainda que a transformação impedirá o fechamento da unidade de ensino, devido à redução do número de alunos matriculados nos últimos anos. “A Escola André Maggi estava para fechar. Ela tem capacidade para cerca de 1.300 alunos, mas tem hoje pouco mais de duzentos alunos”.
COTAS
Bonotto falou também sobre a garantia de vagas para alunos de famílias carentes que estudaram as séries anteriores em escolas públicas. A proposta foi sugerida nesta semana por vereadores de Rondonópolis, que consideraram injustos os critérios atuais.
Conforme ele, a distribuição das vagas é definida em lei e já assegura percentuais para alunos de famílias de baixa renda. “A lei que reserva 20% das vagas para estudantes de famílias com renda entre zero e quatro salários mínimos. Além disso, 5% das vagas são destinadas a portadores de deficiência e outros 20% para os dependentes legais de militares”, disse ele.
Em todos os casos será exigida a aprovação dos candidatos em um exame seletivo promovido pela escola. A exceção fica por conta dos alunos que já estudam na escola André Maggi e, se quiserem, terão as matrículas automaticamente revalidadas.